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segunda-feira, 24 de novembro de 2025

Exposição bibliográfica Egas Moniz

 


“A ânsia de concorrer para aumentar o património científico desde o início que me seduziu”

Egas Moniz

Na semana em que se assinala o Dia Mundial da Ciência, a Biblioteca do ECB tem a honra de apresentar a Exposição Bibliográfica “Egas Moniz”, gentilmente cedida pela Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra. Esta exposição, que permite o contacto e o conhecimento da obra publicada por Egas Moniz, bem como de textos que sobre ele vieram a público, estará na Biblioteca entre os dias 24 de novembro e 5 de dezembro.

António Egas Moniz, médico, neurologista, investigador e professor universitário português, nasceu a 29 de novembro de 1874, em Avanca, Estarreja, e faleceu a 13 de dezembro de 1955, em Lisboa, deixando uma obra científica extensa. Foi também deputado (entre 1903 e 1917), Ministro dos Negócios Estrangeiros (entre 1917 e 1918) e Embaixador de Portugal em Madrid (1917). Em 1918, no fim da Primeira Guerra Mundial, foi primeiro Presidente da Delegação Portuguesa à Conferência da Paz de Paris.

Pioneiro da Neurocirurgia em Portugal, recebeu o Prémio Nobel de Medicina em 1949, deixando um legado e uma influência duradoura no ensino e prática médica em Saúde em Portugal.

Ingressou em 1894 na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, onde concluiu a licenciatura em 1899 e se doutorou em 1902. A partir de 1903 foi Professor Catedrático na mesma Faculdade (de Anatomia, Fisiologia e, mais tarde, Patologia Geral), dedicando-se precocemente ao estudo da Neurologia sob a orientação de Augusto Rocha.

Em 1911, transferiu-se para a recém-criada Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, para ocupar a cátedra de Neurologia, criando também uma relevante escola de Neurologia e Neurocirurgia no Hospital de Santa Marta, que formou várias gerações de médicos e pesquisadores.

Dedicou-se a trabalhos de pesquisa que conduziram à criação da Angiografia Cerebral e da Leucotomia Pré-Frontal, revolucionando o diagnóstico e tratamento de tumores, aneurismas e malformações vasculares cerebrais, o que o tornou mundialmente conhecido e que, em 1949, lhe valeu o Prémio Nobel de Fisiologia ou Medicina, partilhado com o fisiologista suíço Walter Rudolf Hess Walter.

Manteve também uma significativa produção literária, incluindo obras de caráter científico, político e literário.

O seu legado permanece vivo no panorama de saúde e ensino superior em Portugal, sendo homenageado por instituições como o Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz, referência na formação e investigação em áreas das ciências da saúde desde 1987.

Fontes:

https://casamuseuegasmoniz.com/