“A ânsia de concorrer para aumentar o património científico desde o início que me seduziu”
Egas Moniz
Na semana em que se assinala o Dia Mundial da Ciência, a Biblioteca do ECB tem a honra de apresentar a Exposição Bibliográfica “Egas Moniz”, gentilmente cedida pela Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra. Esta exposição, que permite o contacto e o conhecimento da obra publicada por Egas Moniz, bem como de textos que sobre ele vieram a público, estará na Biblioteca entre os dias 24 de novembro e 5 de dezembro.
António
Egas Moniz, médico, neurologista, investigador e professor universitário
português, nasceu a 29 de novembro de 1874, em Avanca, Estarreja, e faleceu a
13 de dezembro de 1955, em Lisboa, deixando uma obra científica extensa. Foi
também deputado (entre 1903 e 1917), Ministro dos Negócios Estrangeiros (entre
1917 e 1918) e Embaixador de Portugal em Madrid (1917). Em 1918, no fim da
Primeira Guerra Mundial, foi primeiro Presidente da Delegação Portuguesa à
Conferência da Paz de Paris.
Pioneiro
da Neurocirurgia em Portugal, recebeu o Prémio Nobel de Medicina em 1949,
deixando um legado e uma influência duradoura no ensino e prática médica em
Saúde em Portugal.
Ingressou
em 1894 na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, onde concluiu a
licenciatura em 1899 e se doutorou em 1902. A partir de 1903 foi Professor
Catedrático na mesma Faculdade (de Anatomia, Fisiologia e, mais tarde,
Patologia Geral), dedicando-se precocemente ao estudo da Neurologia sob a
orientação de Augusto Rocha.
Em
1911, transferiu-se para a recém-criada Faculdade de Medicina da Universidade
de Lisboa, para ocupar a cátedra de Neurologia, criando também uma relevante
escola de Neurologia e Neurocirurgia no Hospital de Santa Marta, que formou
várias gerações de médicos e pesquisadores.
Dedicou-se
a trabalhos de pesquisa que conduziram à criação da Angiografia Cerebral e da
Leucotomia Pré-Frontal, revolucionando o diagnóstico e tratamento de tumores,
aneurismas e malformações vasculares cerebrais, o que o tornou mundialmente
conhecido e que, em 1949, lhe valeu o Prémio Nobel de Fisiologia ou Medicina, partilhado
com o fisiologista suíço Walter Rudolf Hess Walter.
Manteve
também uma significativa produção literária, incluindo obras de caráter
científico, político e literário.
O seu
legado permanece vivo no panorama de saúde e ensino superior em Portugal, sendo
homenageado por instituições como o Instituto Superior de Ciências da Saúde
Egas Moniz, referência na formação e investigação em áreas das ciências da
saúde desde 1987.
Fontes:
https://casamuseuegasmoniz.com/
