Em 2004,
entre as 7:39 e as 7:42 da manhã do dia 11 de março, três explosões em estações
ferroviárias de Madrid (Atocha, El Pozo de Tío Raimundo e Santa Eugenia) e uma num
comboio que se dirigia para a estação de Atocha mataram 191 pessoas e feriram cerca
de 2000. Inicialmente atribuídos pelo governo espanhol ao grupo separatista
basco ETA, investigações posteriores provaram ligações entre estes atentados e uma célula terrorista inspirada na
al-Qaeda, apesar de a sua autoria não ter sido reivindicada.
Os
atentados, também conhecidos como 11-M,
foram os piores ataques terroristas da história espanhola e da Europa e os que
mais mortes causaram no continente europeu desde o atentado de Lockerbie, no
Reino Unido, em 1988, quando a detonação de uma bomba fez explodir um avião em
pleno voo sobre a cidade escocesa de Lockerbie e provocou a morte das 259
pessoas que viajavam a bordo e de 11 moradores de Lockerbie.
No dia
25 de março de 2004, por proposta do Parlamento Europeu, o Conselho Europeu decretou
o dia 11 de março como o Dia Europeu das
Vítimas do Terrorismo, procurando desta forma prestar homenagem a todos os
que perderam a vida em ataques terroristas e partilhar a dor dos familiares e
amigos das vítimas.
Outro
objetivo da comemoração deste dia é consciencializar a opinião pública e
os governos para a necessidade do combate ao terrorismo e da promoção da defesa
dos direitos humanos.
Para
assinalar o dia, a Comissão Europeia promove várias iniciativas, entre as quais
conferências que têm em vista a prevenção do terrorismo, em articulação com a
Rede Europeia das Vítimas de Terrorismo (NAVT), da qual a Associação Portuguesa
de Apoio à Vítima (APAV) faz parte.
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