[Estátua O Pensador, uma das mais famosas
esculturas de bronze do escultor francês Auguste Rodin. Retrata um homem em
meditação soberba, lutando com uma poderosa força interna.
Originalmente com o nome O Poeta, esta escultura fazia parte de um conjunto resultante de uma encomenda de uma comissão do Museu de Arte Decorativa em Paris com vista à criação de um portal monumental baseado na obra A Divina Comédia, de Dante Alighieri. Cada uma das estátuas representava uma das personagens principais do poema épico. O Pensador procurava retratar Dante em frente dos Portões do Inferno, criando o seu longo poema. A escultura está nua porque Rodin queria uma figura heróica inspirada em Miguel Ângelo para representar o pensamento, assim como a poesia. Encontra-se atualmente no Museu Rodin, em Paris.]
Originalmente com o nome O Poeta, esta escultura fazia parte de um conjunto resultante de uma encomenda de uma comissão do Museu de Arte Decorativa em Paris com vista à criação de um portal monumental baseado na obra A Divina Comédia, de Dante Alighieri. Cada uma das estátuas representava uma das personagens principais do poema épico. O Pensador procurava retratar Dante em frente dos Portões do Inferno, criando o seu longo poema. A escultura está nua porque Rodin queria uma figura heróica inspirada em Miguel Ângelo para representar o pensamento, assim como a poesia. Encontra-se atualmente no Museu Rodin, em Paris.]
“Quando
não há, entre os homens, liberdade de pensamento, não há liberdade."
Voltaire
No dia 14 de julho comemora-se
o Dia Mundial da Liberdade de Pensamento.
A 14
de julho de 1789, com a tomada da Bastilha, fortaleza-prisão que se tornou
símbolo da arbitrariedade do poder real, começava em França a Revolução que
seria considerada o “paradigma das revoluções liberais e burguesas”.
Inspirado
nas ideias Iluministas de liberdade, igualdade e fraternidade, defendidas por Diderot,
D’Alembert, Rousseau e Voltaire, entre outros, entre 1789 e 1804, a França
viveu um processo revolucionário que, além de ter destruído as estruturas
políticas, sociais e económicas do Antigo Regime, influenciou uma série de
experiências políticas noutras sociedades, de Portugal à Bélgica, da Grécia à
América Latina, e teve repercussões no mundo contemporâneo.
Entre as primeiras
medidas tomadas pelos deputados da Assembleia Nacional Constituinte,
encontra-se a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão que, no seu artigo
11º, afirmava que
A
livre comunicação dos pensamentos e das opiniões é um dos mais preciosos
direitos do Homem; todo o cidadão pode, portanto, falar, escrever, imprimir livremente,
respondendo, todavia, pelos abusos desta liberdade nos termos previstos na Lei.
Em 1948, três anos
após o fim da Segunda Guerra Mundial, a Organização das Nações Unidas aprova a Declaração
Universal dos Direitos do Homem, tendo ainda como fonte de inspiração o texto
francês. Novamente se estabelece que, entre os direitos iguais e inalienáveis de
todos os membros da família humana, se encontram os seguintes:
Artigo
18º
Toda
a pessoa tem direito à liberdade de pensamento, de consciência e de religião;
este direito implica a liberdade de mudar de religião ou de convicção, assim
como a liberdade de manifestar a religião ou convicção, sozinho ou em comum,
tanto em público como em privado, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pelos
ritos.
Artigo
19º
Todo
o indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, o que implica o
direito de não ser inquietado pelas suas opiniões e o de procurar, receber e
difundir, sem consideração de fronteiras, informações e ideias por qualquer
meio de expressão.
O dia 14 de julho
pretende ser um dia de reflexão sobre o significado de liberdade de pensamento,
ao mesmo tempo que se apela à extinção do fosso existente entre esta liberdade
e a liberdade de expressão, entre os pensamentos interiores e as manifestações
exteriores dessas visões pessoais.
“Só
conheço uma liberdade, e essa é a liberdade do pensamento.”
Antoine de Saint-Exupéry
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