O
tempo é agora!
“Alcançar a igualdade de género e capacitação das
mulheres e das meninas é a tarefa inacabada do nosso tempo e o maior desafio
dos direitos humanos no nosso mundo.”
António Guterres, Secretário Geral da ONU
Desde 1975, durante o Ano Internacional da Mulher, a
Organização das Nações Unidas passou a celebrar o Dia Internacional da Mulher a
8 de março.
Em 2018, ano em que questões como o
assédio sexual, a violência e a discriminação contra as mulheres captaram as
atenções e o discurso público, ocorrendo um movimento global sem precedentes
por direitos, igualdade e justiça para as mulheres, a ONU Mulheres decidiu que
o tema do Dia Internacional da Mulher deste ano é “O tempo é agora: ativistas rurais e urbanas transformam a vida das
mulheres”.
Iniciativas como os movimentos #MeToo, nos Estados Unidos; #EuTambém, no México, Espanha e América
Latina; #QuellaVoltaChe, na Itália; #BalanceTonPorc, na França; #Ana_kaman, nos Estados Árabes; e “Ni Una Menos”, na Argentina, mobilizam
pessoas em todo o mundo através de protestos e campanhas globais.
Segundo a agência das Nações Unidas para as mulheres (ONU Mulheres),
“o Dia Internacional da Mulher de 2018 é assim uma oportunidade para
transformar esse impulso em medidas concretas de capacitação de mulheres de
todos os ambientes — rural e urbano — e de reconhecer as ativistas que sem descanso reivindicam direitos e desenvolvimento pleno”.
Neste ano, o Dia Internacional da
Mulher chama também a atenção para os direitos e o ativismo das mulheres
rurais, que constituem mais de 25% da população mundial e que, cultivando as
terras e plantando sementes para alimentar as populações, garantem a segurança
alimentar das suas comunidades e geram resiliência face às alterações
climáticas. Apesar disso, se a diferença mundial de salário entre mulheres e
homens se situa em 23%, nas áreas rurais pode chegar até 40%. Em praticamente
todos os indicadores de desenvolvimento, as mulheres rurais estão atrasadas em
relação aos homens rurais e às mulheres urbanas, devido à permanência das
desigualdades de género e da discriminação.
As mulheres rurais lutam hoje pelo
seu direito a um nível de vida adequado, uma vida sem violência ou práticas
nocivas, assim como o seu acesso à terra e aos bens produtivos, à segurança
alimentar e à nutrição, ao trabalho decente, à educação e à saúde, incluindo a
saúde sexual e reprodutiva.
Segundo a ONU Mulheres, “Este é um
momento em que milhares de mulheres valentes da indústria cinematográfica, do
teatro e das artes começaram a elevar as suas vozes contra o abuso e as
agressões sexuais por parte de homens poderosos do setor. No âmbito das
mulheres rurais, estas vozes encontram um poderoso aliado na Aliança Nacional
de Camponesas, uma organização norte-americana de camponesas que conhece bem o
abuso de poder”.
Assim, uma vez mais no dia 8 de março, a ONU Mulheres e
ativistas em todo o mundo unem-se para aproveitar a oportunidade, celebrar os
avanços, tomar medidas e transformar a vida das mulheres. O tempo é agora!, conclui a agência das Nações Unidas.
Vídeo sobre o International Women’s Day 2018: The Time is Now:
História do Dia
Internacional da Mulher:
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