A deusa Juno
Junho
é o sexto mês do calendário gregoriano e tem 30 dias. O seu nome surgiu em
homenagem à deusa romana Juno, irmã
e mulher de Júpiter, filha de Saturno e de Reia, associada à deusa grega do
amor e do casamento, Hera, mulher de Zeus.
Segundo
a mitologia romana, Juno é a Deusa da Mulher, investida de algumas
características associadas à feminilidade, adorada como Juno Lucina (a Deusa da Luz e, portanto, dos partos que trazem os
recém-nascidos à luz do dia e por associação deusa da maternidade), Juno Caprotina (Deusa da Fecundidade) e Juno Pronubia (Deusa dos Casamentos e
protetora das mulheres casadas, as matronas).
O seu culto também aparece associado à cidade de Roma, da qual é protetora
enquanto Juno Regina. Esta deusa
conciliava, assim, a dupla função de soberania e de fecundidade, constituindo ”a
representação divina da função social desempenhada em Roma pela matrona.” (in
Dicionário cultural da mitologia greco-romana, dir. René Martin, Publicações
Dom Quixote).
O
calendário juliano foi criado por Júlio César no ano 46 a.C., na qualidade de
pontífice máximo do Império Romano, tornando o calendário romano num calendário
solar, alinhado pelas estações do ano, à semelhança do calendário egípcio.
Este
era o calendário em uso no tempo da vida de Cristo e foi usado como base de
cálculo da Páscoa pelos cristãos. No século IV, por ocasião do Concílio de
Niceia, o Equinócio da Primavera ocorria por volta do dia 21 de Março. A partir
do século XIII, as observações astronómicas e o cálculo da medida do ano solar
mostraram que o Equinócio da Primavera ocorria vários dias antes dessa data,
considerada fixa. A necessidade de correção e mudança suscitou longos debates durante
cerca de três séculos. O calendário juliano foi oficialmente reformado em 1582,
pelo papa Gregório XIII, dando origem ao calendário que temos hoje, o calendário gregoriano, progressivamente
adotado por países onde a Igreja Católica era predominante. A Igreja Ortodoxa
não aceitou esta mudança e ainda hoje, nos países onde esta confissão religiosa
é maioritária, se mantém a diferença de 13 dias nos dois calendários.
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