menu

sexta-feira, 1 de junho de 2018

O nome dos meses – junho


A deusa Juno

Junho é o sexto mês do calendário gregoriano e tem 30 dias. O seu nome surgiu em homenagem à deusa romana Juno, irmã e mulher de Júpiter, filha de Saturno e de Reia, associada à deusa grega do amor e do casamento, Hera, mulher de Zeus.

Segundo a mitologia romana, Juno é a Deusa da Mulher, investida de algumas características associadas à feminilidade, adorada como Juno Lucina (a Deusa da Luz e, portanto, dos partos que trazem os recém-nascidos à luz do dia e por associação deusa da maternidade), Juno Caprotina (Deusa da Fecundidade) e Juno Pronubia (Deusa dos Casamentos e protetora das mulheres casadas, as matronas). O seu culto também aparece associado à cidade de Roma, da qual é protetora enquanto Juno Regina. Esta deusa conciliava, assim, a dupla função de soberania e de fecundidade, constituindo ”a representação divina da função social desempenhada em Roma pela matrona.” (in Dicionário cultural da mitologia greco-romana, dir. René Martin, Publicações Dom Quixote).

O calendário juliano foi criado por Júlio César no ano 46 a.C., na qualidade de pontífice máximo do Império Romano, tornando o calendário romano num calendário solar, alinhado pelas estações do ano, à semelhança do calendário egípcio.
Este era o calendário em uso no tempo da vida de Cristo e foi usado como base de cálculo da Páscoa pelos cristãos. No século IV, por ocasião do Concílio de Niceia, o Equinócio da Primavera ocorria por volta do dia 21 de Março. A partir do século XIII, as observações astronómicas e o cálculo da medida do ano solar mostraram que o Equinócio da Primavera ocorria vários dias antes dessa data, considerada fixa. A necessidade de correção e mudança suscitou longos debates durante cerca de três séculos. O calendário juliano foi oficialmente reformado em 1582, pelo papa Gregório XIII, dando origem ao calendário que temos hoje, o calendário gregoriano, progressivamente adotado por países onde a Igreja Católica era predominante. A Igreja Ortodoxa não aceitou esta mudança e ainda hoje, nos países onde esta confissão religiosa é maioritária, se mantém a diferença de 13 dias nos dois calendários.


Sem comentários:

Enviar um comentário