Em
10 de novembro de 2009, a Escola Secundária Quinta das Palmeiras, da Covilhã, criou o Dia Mundial da Bolota, com o objetivo de consciencializar a população
sobre a destruição da floresta autóctone em Portugal, que é constituída
principalmente por carvalhos. Desde então, são muitas as escolas que, por todo
o país, desenvolvem atividades neste dia, semeando bolotas em vasos ou no campo
ou fazendo caminhadas e recolha de bolotas, entre outras iniciativas.
Considerada
nos nossos dias essencialmente como alimento para animais, desde a Antiguidade
que as propriedades nutritivas deste fruto são reconhecidas: para os Gregos, a
bolota era considerada o “alimento dos homens invencíveis”. Em Portugal, os
Lusitanos obtinham farinha das bolotas para fazerem pão e, durante a Idade
Média, utilizava-se o recheio de bolota triturada para curar doenças
sexualmente transmissíveis.
Neste Dia Mundial da Bolota, além das atividades promovidas pelas escolas,
associações ambientalistas como a Quercus alertam a população para as imensas
qualidades nutricionais deste alimento, ainda desconhecidas por tantos. Além das
propriedades alimentícias, alguns cientistas valorizam também o valor da sua
utilização na composição de produtos de cosmética.
Não
será por acaso que a Quercus -
Associação Nacional de Conservação da Natureza, uma ONGA portuguesa fundada a
31 de outubro de 1985, em Braga, foi buscar o seu nome precisamente à designação
comum em latim de um género de árvores da família das fagáceas a que pertencem
os carvalhos, azinheiras e sobreiros, as árvores características dos ecossistemas
florestais mais evoluídos que cobriam o país e de que restam, atualmente,
apenas relíquias muito degradadas.
Num
ano em que o nosso país se viu assolado pelos incêndios mais devastadores de
sempre (quer em área ardida, quer em vítimas mortais), faz cada vez mais
sentido consciencializarmo-nos da importância da valorização da nossa floresta
autóctone, promovendo e apadrinhando iniciativas que visem a replantação de
carvalhos, azinheiras e sobreiros.
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