No
dia 1 de outubro celebra-se em todo o mundo o Dia Mundial da Música. A data foi
instituída em 1975 pelo International Music Council, uma organização
não-governamental apoiada pela UNESCO e fundada em 1949, que agrega vários
organismos e individualidades do mundo da música. O principal objetivo deste
dia não é apenas destacar os benefícios e a importância da arte musical, mas
também promover a paz e a amizade entre as nações através da união gerada a partir da
música, uma forma de arte universal que atravessa as barreiras e que pode unir
as populações com um mesmo propósito.
Nocturno, o romance de Chopin, escrito por Cristina Carvalho e publicado
em 2009, é a nossa sugestão para a comemoração deste dia que presta homenagem à
música e à história musical existente em todo o mundo.
Pianista
e compositor, Frédéric François Chopin, também chamado Fryderyk Franciszek
Chopin, nasceu na Polónia, em Żelazowa Wola, a 1 de março de 1810, e morreu em
Paris, a 17 de outubro de 1849.
Numa
nota prévia incluída no livro, publicado pela Sextante, a escritora esclarece
que, apesar de todas as datas e referências corresponderem à verdade histórica,
este "não pretende ser, não é, uma rigorosa biografia de Fryderyk
Franciszek Szopen ou Frédéric François Chopin ou, simplesmente Fryc", que morreu
com apenas 39 anos, mas "viveu intensamente".
Este
romance foi desenhado como um piano solitário em que o artista desenha os
quadros musicais de melodias e harmonias com timbres, ritmos e tempos diversos,
tecido de amores e paixões, que conta a vida de Chopin, desde o seu nascimento,
na Polónia, até à sua morte, em Paris. Uma história feita de subtilezas,
paixões intensas, escuras intrigas, vivências e amizades sinceras, presenças e
saudades. Do universo do compositor, faziam parte, além do compositor Franz
Liszt, personagens como o pintor romântico Eugène Delacroix, a escritora George
Sand (com quem viveu uma atribulada história de amor), uma escocesa chamada Jane
Stirling ("a mulher que mais intensamente o amou", segundo Cristina
Carvalho), o violoncelista Auguste Franchomme, "muito conhecido na
época", e a condessa polaca Delfina Potocka, entre muitos outras figuras,
igualmente retratadas em Nocturno.
Sobre
a autora
Cristina
Carvalho nasceu em Lisboa, a 10 de novembro de 1949. Filha do professor e poeta
Rómulo de Carvalho (António Gedeão) e da escritora Natália Nunes, é autora de cerca
de 20 títulos que compõem a sua obra entre o romance e a literatura juvenil,
entre a ficção e o ensaio. Alguns dos seus contos forma publicados em várias
revistas e jornais, nomeadamente no Jornal de Letras e revista Egoísta.
Durante
a sua atividade profissional, contactou com milhares de pessoas e visitou
inúmeros países, sendo a Escandinávia e o Oeste português as regiões que mais
ama e que mais influência exercem sobre a sua personalidade enquanto
“transitório ser humano do sexo feminino, habitante do planeta Terra e, por
acaso, escritora”.
Em
1989, publicou o seu primeiro romance, Até
Já Não é Adeus.
Em 2009, publicou o romance O Gato
de Uppsala, na Sextante Editora, uma história de amor entre dois jovens,
Elvis e Agnetta, uma história feliz de iniciação, de descoberta e sonho: a
viagem, a pé, desde Uppsala até Estocolmo, movidos pelo desejo de descobrir o
mistério do mar e de ver uma das maravilhas do seu tempo – o grande e rico Vasa
– navio de guerra mandado construir por Gustavus II Adolphus, rei da Suécia.
Quis o destino que, no dia 10 de Agosto de 1628, dia da viagem inaugural, a
vida de Elvis e Agnetta fosse salva por um gato.
Em 2016, o seu romance O Olhar e a Alma venceu o Prémio Autores para o Melhor Livro de Ficção Narrativa. Cristina Carvalho reconstitui a biografia de um dos artistas mais desprezados em vida e mitificados na morte que o século XX viu surgir - Amedeo Modigliani, uma vida extraordinária, marcada pela paixão e pelo génio, numa obra que segue o percurso da sua vida, da sua arte e das mulheres que o amaram.
Em 2018, Cristina Carvalho publicou o romance A Saga de Selma Lagerlöf, biografia da escritora sueca que nasceu a 20 de novembro de 1858, em Mårbacka, uma casa de campo senhorial no município de Sunne, na província da Värmland, oeste da Suécia, e morreu a 16 de março de 1940, na mesma casa da família. Em 1909, Selma Lagerlöf venceu o Prémio Nobel de Literatura e foi a primeira mulher a ser membro da Academia Sueca, em 1914. O seu primeiro livro, A Saga de Gösta Berling, foi publicado em 1891.
Já
em 2021, o romance biográfico Ingmar
Bergman – O Caminho contra o Vento (publicado em 2019) venceu a primeira
edição do Grande Prémio de Literatura Biográfica Miguel Torga, prémio promovido
pela Associação Portuguesa de Escritores e pela Câmara Municipal de Coimbra. A obra,
dedicada ao cineasta sueco, foi distinguida por transportar o leitor para o
"vivido quotidiano" e para as "recordações de um velho homem de
génio".
Alguns dos romances de Cristina
Carvalho fazem parte do Plano Nacional de Leitura:
(*) disponível na biblioteca do ECB
Ana de Londres – publicado em 1996 por Edições Relógio d'Água
O Gato de Uppsala - 5ª edição – publicado em 2009 por Sextante/Porto Editora (*)
Nocturno, o romance de Chopin – publicado em 2009 por Sextante/Porto Editora (*)
Lusco-Fusco, breviário dos mundos elementares – publicado em 2011 por Sextante/Porto Editora
Rómulo de Carvalho/António Gedeão – Biografia – publicado em 2012 por Editorial Estampa
Quatro Cantos do Mundo – publicado em 2014 por Editorial Planeta
O Olhar e a Alma, romance de Modigliani – publicado em 2015 por Editorial Planeta
Rebeldia – publicado em 2017 por Editorial Planeta
A Saga de Selma Lagerlöf – publicado em 2018 por Edições Relógio D'Água (*)
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