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domingo, 4 de junho de 2017

Dia Internacional das Crianças Vítimas Inocentes da Violência e da Agressão


Em 19 de Agosto de 1982, a Assembleia-Geral Extraordinária das Nações Unidas estabeleceu o dia 4 de junho como o Dia Internacional das Crianças Vítimas Inocentes da Violência e da Agressão. Nesta Assembleia-Geral, convocada para discutir a “Questão da Palestina”, manifestou-se a consternação perante o elevado número de crianças palestinianas e libanesas inocentes, vítimas dos atos de agressão de Israel.
Chamar a atenção para o sofrimento das crianças que, por todo o mundo, são vítimas de agressão física, mental e emocional; afirmar o compromisso das Nações Unidas em proteger os direitos das crianças e, simultaneamente, reconhecer e encorajar o trabalho de todos os indivíduos e organizações que se dedicam a esta causa foram os objetivos que presidiram a esta decisão de dedicar um dia para reflexão em torno do sofrimento e das agressões que atinjem as crianças de todo o mundo.
Longe de ser um dia de celebração, o dia 4 de junho pretende ser um dia de protesto, de luto e de reflexão. Este dia relembra todas as vítimas infantis de afogamento, envenenamento, espancamento, queimadura, trabalho infantil e abuso sexual, mas também chama a atenção para a necessidade de proteção e de educação das crianças, que se encontram numa fase frágil, de construção de mentalidade, caráter e de valores.
A garantia de um ambiente seguro e saudável para o crescimento das crianças é um dever dos pais, famílias, comunidades locais, professores, educadores, governantes e população em geral.

Até ao século XVIII, as crianças eram pouco valorizadas e muito desrespeitadas, quer na família, quer na sociedade, vítimas de todo o tipo de agressões e abusos, como trabalhos forçados. Somente no século XIX, com o despertar do sentimento de infância, as crianças passam a ser percebidas como seres humanos autónomos, o que contribui para o desenvolvimento da psicologia, pedagogia, pediatria e psicanálise, com o objetivo de atenuar as agressões e melhorar a qualidade de vida dos menores.
No século XXI, todos os dias continuam a existir situações de crianças que são vítimas de agressão física e psicológica no mundo inteiro, inclusivamente nas suas próprias casas, por obra dos seus pais, com uma dimensão não completamente conhecida. Todos os dias encontramos notícias e imagens de crianças precocemente casadas ou atiradas para o mundo do trabalho.




De acordo com a Organização Não Governamental Save the Children, em 2016, quase 20% das mulheres e entre 5% e 10% dos homens no mundo inteiro foram vítimas de abusos sexuais na infância, um número que deverá ser inferior ao real, uma vez que muitos destes casos não chegam a ser sequer denunciados.
No Relatório “Fim da Infância”, produzido em 2017 por esta ONG, que compara dados de 172 países para estabelecer o ranking de países onde a infância é mais ou menos ameaçada em todo o mundo, Portugal está em 6º lugar no Top 10 dos países do mundo onde a infância é menos ameaçada.


Para saber mais sobre este assunto, consultar:

https://campaigns.savethechildren.net/end-of-childhood?smtrctid=AAFeCG&msource=emecucir0617&utm_source=undes&utm_medium=email-sc&utm_campaign=childhood#googtrans(en|pt)





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