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terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Autor do mês de fevereiro - Padre António Vieira


Para falar ao vento bastam palavras, para falar ao coração são necessárias obras.

Portentosas foram antigamente aquelas façanhas, ó portugueses, com que descobristes novos mares e novas terras, e destes a conhecer o mundo ao mesmo mundo […]. Em nada é segundo e menor este meu descobrimento, senão maior em tudo: […] maior cabo, maior esperança, maior império.
Pe. António Vieira (1608-1697)
Padre António Vieira, religioso, filósofo, escritor e orador português da Companhia de Jesus, nasceu em Lisboa, a 6 de fevereiro de 1608, e morreu em Salvador da Baía, Brasil, no dia 18 de julho de 1697.
É considerado uma das mais influentes personagens do século XVII em termos de política e oratória e destacou-se também como missionário da Companhia de Jesus no Brasil. Defendeu os direitos dos povos indígenas, combatendo a sua exploração e escravização e fazendo a sua evangelização. Era por eles chamado de "Paiaçu" (Grande Pai, em tupi). Foi ainda um defensor dos judeus e da abolição da distinção entre cristãos-novos e cristãos-velhos.
Padre António Vieira chegou ao Brasil em 1614, onde o pai desempenhava o cargo de escrivão do Tribunal da Relação da Baía. Começou os seus estudos no Colégio dos Jesuítas de Salvador e em 1623 entrou como noviço na Companhia de Jesus, tendo sido ordenado sacerdote em 1634.
Conhecido pelos seus primeiros sermões, foi professor de Retórica em Olinda a partir de finais de 1626 e, em 1638, foi nomeado professor de Teologia do Colégio Jesuíta de Salvador.
Em 1641, após a Restauração, regressou a Portugal numa missão diplomática, pois integrava a comitiva que veio ao Reino prestar obediência ao novo monarca. Ganhou a confiança de D. João IV e foi por este enviado em missões diplomáticas aos Países Baixos e à França.
As suas pregações a favor dos judeus e os conflitos daí decorrentes com a Inquisição levam-no a regressar ao Brasil onde, entre janeiro de 1653 e setembro de 1661, dirigiu uma Missão no Grão-Pará e Maranhão, defendendo sempre a liberdade dos índios. Vários dos seus Sermões versavam precisamente esta temática, o que o obrigou a deixar o Brasil por reações contrárias às suas ações contra a escravatura, regressando a Portugal.
A partir de então, a sua vida será marcada por conflitos constantes com o Santo Ofício. Procurou proteção junto do Papa, em Roma, obtendo a anulação das suas penas e condenações.
Depois de nova passagem por Lisboa, regressou definitivamente ao Brasil em 1681, por questões de saúde. Em 1688, exerceu a função de Visitador-Geral das Missões do Brasil e dedicou o final da vida à edição dos Sermões, Cartas e de Clavis Prophetarum, uma obra de interpretação profética das Escrituras que iniciara em Roma, mas que não chegou a concluir.
Padre António Vieira morreu em São Salvador da Baía a 18 de julho de 1697, com 89 anos, deixando uma obra complexa que exprime muitas das suas opiniões políticas.
Entre os seus sermões, alguns dos mais célebres são: o "Sermão da Quinta Dominga da Quaresma", o "Sermão da Sexagésima", o "Sermão pelo Bom Sucesso das Armas de Portugal contra as de Holanda", o "Sermão do Bom Ladrão", o "Sermão de Santo António aos Peixes", entre outros.
Vieira deixou cerca de 700 cartas e 200 sermões, reunidos numa Obra Completa em 30 volumes que começou a ser publicada em 2013 e que inclui cartas, sermões, obras proféticas, escritos políticos, sobre os judeus e sobre os índios, bem como a sua poesia e teatro.
Este projeto, resultado de uma cooperação internacional entre várias instituições de investigação e academias científicas, culturais e literárias luso-brasileiras, sob a égide da Reitoria da Universidade de Lisboa e sob a direção de José Eduardo Franco e Pedro Calafate, foi desenvolvido pelo CLEPUL em parceria com a Santa Casa da Misericórdia e publicado pelo Círculo de Leitores, com o último volume lançado em 2014. Além desta edição portuguesa, será ainda publicada uma seleção de textos em 12 línguas.


Obras de Padre António Vieira no catálogo da Biblioteca do ECB:
Obra Completa (30 volumes)
Sermões
Livro anteprimeiro da história do futuro
Obras escolhidas

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Livros sobre o Holocausto

27 de janeiro – Dia Internacional da Comemoração em Memória das Vítimas do Holocausto

"It would be a dangerous error to think of the Holocaust as simply the result of the insanity of a group of criminal Nazis. On the contrary, the Holocaust was the culmination of millennia of hatred, scapegoating and discrimination targeting the Jews, what we now call anti-Semitism".

António Guterres, Secretário-Geral da ONU

Em 1945, no dia 27 de janeiro foi libertado o maior campo de extermínio nazi, em Auschwitz-Birkenau, pelas tropas soviéticas, no fim da II Guerra Mundial. Em dezembro de 2005, a Assembleia Geral das Nações Unidas, durante a sua 42ª sessão plenária, estabeleceu este dia como o Dia Internacional da Comemoração em Memória das Vítimas do Holocausto.
Este é um dia para recordar os milhões de vítimas provocadas pelo genocídio da Alemanha nazi sobre os judeus, ciganos, homossexuais, entre outros, ocorrido durante a II Guerra Mundial. Esta iniciativa pretende, assim, preservar a memória do holocausto, sensibilizando as novas gerações para a dimensão e consequências do genocídio, de forma a que acontecimentos como este não se repitam.
Algumas ligações da Organização das Nações Unidas sobre esta temática:

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Marcel Proust, Agatha Christie, Charles Dickens

Em Busca do Tempo Perdido, do escritor francês Marcel Proust (1871-1922), é considerado o livro mais longo de todos os tempos. Tem 9 609 000 caracteres, contando os espaços entre as letras. Proust escreveu o primeiro volume, dos sete que compõem a série, em 1912. Com uma saúde frágil, passou boa parte da vida a estudar e frequentar os salões da aristocracia francesa, retratada na sua obra. 




O autor mais traduzido da história é uma mulher, Agatha Christie, e tem pelo menos 8 mil livros traduzidos. Os seus romances policiais conquistaram o mundo, tornando-a conhecida como a Rainha do Crime. Entre os seus livros mais populares temos As dez figuras negras, que foi a sua obra mais vendida.
http://www.culturamix.com/cultura/livros/autores-mais-traduzidos-do-mundo/




Segundo alguns sítios, o livro mais vendido do mundo é o romance Um Conto de Duas Cidades. Escrito pelo britânico Charles Dickens, e publicado em 1859, teve pelo menos 200 milhões de exemplares vendidos no mundo.



terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Concurso de Matemática - PANGEA

O Concurso de Matemática PANGEA visa unir alunos de todo o país e motivá-los através da matemática. Queremos que os alunos fortaleçam a sua autoconfiança e as suas capacidades.

Vantagens!
  •       A inscrição no concurso tem o valor simbólico de 1€ por aluno!
  •       A participação é livre e cada aluno deverá decidir se participa.
  •       Não há pré-seleções nem os resultados irão influenciar as notas escolares.
  •      A primeira eliminatória, do 7.° ano ao 10.° ano, consiste em 20 perguntas, das quais mais da metade pertencem à categoria 1 a 3 pontos,  estimulando assim a autoconfiança de estudantes com mais dificuldades.
  •       Cada ano escolar tem o seu próprio enunciado.
  •       Os resultados da 1ª prova são automáticos!
  •     Interessantes prémios e medalhas para os finalistas e diplomas para todos numa fantástica Cerimónia!
  •       Não há trabalho extra para os professores! A Avaliação é automática e feita pelo Pangea através do sistema Edubox num curto período de tempo.



As inscrições decorrem até dia 1 de fevereiro! Inscreve-te junto do teu professor de Matemática!



Mais informações sobre o concurso: www.concurso-de-pangea.com.pt



Maria Vazquez
TLM.: 936317858
TLF.: 226 067 127

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Concurso Nacional de Leitura - Ensino Secundário - alteração de data da 1ª fase




ENSINO SECUNDÁRIO

FASES DO CONCURSO
1ª Fase (Local): 17 de janeiro de 2017, 14:30 – apresentação oral
2ª Fase (Distrital): até 5 de maio de 2017, numa Biblioteca Municipal a designar
3ª Fase (Nacional): junho/julho de 2017, em Lisboa, com transmissão na RTP
REGULAMENTO - 1ª FASE
Destinatários: Alunos do Ensino Secundário
Obra selecionada: Capitães da Areia, de Jorge Amado
Condições de participação:
·         Inscrever-se no Concurso.
·          Ler a obra selecionada.
·         Respeitar as regras constantes do Regulamento, bem como as decisões do júri.
·         Participar, de modo disciplinado, nas eliminatórias.
·         Entregar ao DT uma autorização do Encarregado de Educação (caso o aluno seja selecionado para a 2ª Fase).
Calendarização:
·         Inscrição, junto da professora de Português, até ao dia 14 de dezembro de 2016.
·         Entrega pelas professoras de Português, na Biblioteca, da lista de alunos inscritos até ao dia 16 de dezembro (em documento próprio).
·         Leitura autónoma da obra.
·         Apresentação oral da leitura efetuada (com recurso a power point, com limite máximo de 5 diapositivos) no dia 17 de janeiro de 2017, pelas 14h30m, em sala a designar.
·         Realização de uma prova escrita (ficha de leitura) para efeitos de desempate no dia 23 de janeiro de 2017, pelas 16h40m, em sala a designar.
Divulgação:
·         No dia 25 de janeiro de 2017, na página web e na newsletter do Externato Cooperativo da Benedita, nas redes sociais do Externato Cooperativo da Benedita e da Biblioteca, no jornal Toque de Saída e no circuito interno de TV do nome do aluno que representará o ECB na fase distrital.
Normas de participação:
·         Caso o aluno concorrente falte às provas, não poderá realizá-las noutra data.
·         O aluno que perturbe a realização das provas fica impedido de participar no concurso.
·         Cabe ao júri decidir todas as situações omissas neste regulamento.
O regulamento geral do concurso e as regras relativas à 2ª e à 3ª fases devem ser consultados em www.planonacionaldeleitura.gov.pt.
Benedita, 9 de janeiro de 2017
A Coordenadora do CNL

Teresa Agostinho

Livros novos nas estantes

Livros novos nas estantes da Biblioteca do ECB.

Livros da Imprensa da Universidade de Coimbra

Recentemente, a coleção da Biblioteca do ECB foi enriquecida com a oferta de uma série de monografias pela Imprensa da Universidade de Coimbra, no âmbito do seu projeto de “Disseminação científica”. Aqui apresentamos alguns dos títulos.


sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

4 de janeiro - Dia Mundial do Braille

O sistema de leitura e de escrita Braille foi criado em 1825 por Louis Braille, nascido no dia 4 de janeiro de 1809, em Coupvray, uma localidade perto de Paris. Louis Braille ficou cego aos 3 anos e aos 20 anos conseguiu formar um alfabeto com diferentes combinações de 1 a 6 pontos que se alastrou pelo mundo e que ainda hoje é usado como forma oficial de escrita e de leitura das pessoas cegas.
O Braille é um código universal baseado na combinação de seis pontos dispostos em duas colunas e três linhas, formando 64 carateres ou sinais diferentes, gravados em relevo sobre papel, que representam as letras do alfabeto, os números, sinais de pontuação e acentuação, a simbologia científica, musicográfica, fonética e informática. Este sistema, adaptado à leitura tátil, permite às pessoas cegas o acesso ao conhecimento e favorece a sua inclusão na sociedade e o pleno exercício da cidadania, pois existem edições de livros, folhetos, medicamentos, cds, dvds, com impressão em Braille para facilitar a perceção do conteúdo.
O Dia Mundial do Braille consagra os princípios da dignidade, autonomia individual, liberdade de escolha e independência presentes na Convenção sobre os Direitos Humanos das Pessoas com Deficiência.
Em Portugal, o Núcleo para o Braille e Meios Complementares de Leitura, no âmbito do Instituto Nacional para a Reabilitação, I. P, organiza vários eventos para celebrar a efeméride no Dia Mundial do Braille.




domingo, 1 de janeiro de 2017

Autor do mês de janeiro - Umberto Eco



“A leitura é uma necessidade biológica da espécie. Nenhum ecrã e nenhuma tecnologia conseguirão suprimir a necessidade de leitura tradicional.”
Umberto Eco nasceu no dia 5 de janeiro de 1932, na cidade italiana de Alexandria, na região do Piemonte, e morreu em Milão, a 19 de fevereiro de 2016.
Conhecido em Portugal sobretudo como romancista, a partir da publicação do romance O Nome da Rosa, em 1983, Eco começou a sua carreira como filósofo. Em 1954, com apenas vinte e dois anos, doutorou-se pela Universidade de Turim com a apresentação da tese “O Problema Estético em S. Tomás de Aquino”. A estética medieval começa, assim, a ser o seu primeiro campo de especialização. Nos anos 60 do século XX, envereda pelo estudo das relações entre a poética contemporânea e a pluralidade de significados, publicando a colectânea de ensaios Obra Aberta (1962) e entrando no universo da semiótica. Para Eco, todas as obras de arte são obras abertas, pois não contêm apenas uma interpretação, nem se apresentam como acabadas, cabendo ao intérprete também uma parte de coautoria.
Umberto Eco foi diretor da Escola Superior de Ciências Humanas na Universidade de Bolonha, onde lecionou a cadeira de Semiótica, e ensinou temporariamente em Universidades americanas (Yale, Columbia, Harvard), no Collège de France e na Universidade de Toronto. Foi ainda colaborador em publicações periódicas universitárias.
Em 1980, estreia-se como romancista, com a publicação de O Nome da Rosa, a que se seguirão O Pêndulo de Foucault (1988), A Ilha do Dia Antes (1994), Baudolino (2000), A misteriosa chama da rainha Loana (2004), O Cemitério de Praga (2011) e O número zero, em 2015.
Da sua vasta obra contam ainda muitos ensaios na área da filosofia, da semiótica, da linguística e da estética, dos quais se podem destacar a já referida Obra aberta, Diário Mínimo, A definição da arte, A obsessão do fogo, A passo de caranguejo, Leitura do texto literário, O signo, Semiótica e filosofia da linguagem, O super-homem das massas, ou Como se faz uma tese em ciências humanas.

Alguns destes títulos integram o catálogo da Biblioteca do Externato Cooperativo da Benedita.