Calvin Esparguete: Diário de um gato citadinoFilomena Lança, Publicações Dom Quixote, 2018
Os gatos não têm dono. Pelo
contrário, sempre que podem, eles tornam-se donos de vários humanos que não se
importem de lhes dar comida e um sítio para passar a noite.
Eis
a filosofia do gato desta história, que se recusa a ficar em casa, a dormir no
sofá, e que passa os dias em animados passeios pela cidade de Lisboa.
Calvin
Esparguete era um gato cinzento, gordo e muito independente, que gostava de
fugir de casa e de passear pelas ruas de Lisboa. A sua dona, a jornalista
Filomena Lança, decidiu contar a sua história no livro, Calvin Esparguete: Diário de um gato citadino. Uma história contada
na primeira pessoa, num exercício divertido: o que é que um gato pensaria disto
tudo?
Passeava-se
alegremente pelas ruas de Lisboa, andava de autocarro, ou de Metro, ficava
meses fora de casa, alguns dias com novas famílias, perdia-se nos subúrbios, foi
estrela na Internet e fez amigos entre os turistas. Mas regressava sempre a casa.
As
aventuras de Calvin Esparguete terminaram em março de 2021, depois de 18 anos
intensos, um enorme privilégio para quem com ele as partilhou.
A sua
página de Facebook continua ativa.
https://pt-pt.facebook.com/PaginaDoCalvin/
Cão como nós
Manuel Alegre, Publicações Dom Quixote, 2002
Quase
todos nós já tivemos um animal de estimação: cão, gato, periquito, peixinho,
tartaruga, já fizeram parte da nossa vida e já foram "um de nós".
Na
novela Cão como nós, Manuel Alegre
apresenta-nos o Kurika, um épagneul-breton
que acompanhou o escritor e a sua família ao longo de anos.
"Cão
bonito, dizia eu, em momentos raros. E era um acontecimento lá em casa. Os
filhos como que se reconciliavam comigo, minha mulher sorria, o cão começava
por ficar surpreendido e depois reagia com excesso de euforia, o que por vezes
me fazia arrepender da expressão carinhosa.
[…]
Digamos que aquele cão era quase um especialista nas relações com os humanos.
[…] Deixava-se dominar pela emoção, o que não era vulgar num cão que fazia o
possível e o impossível para não o ser.
[…]
Um grande chato, sim, um cão rebelde, caprichoso, desobediente, mas um de nós,
o nosso cão, ou mais que o nosso cão, um cão que não queria ser cão e era cão
como nós."
Manuel
Alegre, Cão como nós, Publicações Dom
Quixote, 2002