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terça-feira, 25 de outubro de 2022

Prémio de Escrita & Ilustração Gonçalves Sapinho

 


Está lançada a edição 2022-2023 do Prémio de Escrita & Ilustração Gonçalves Sapinho, este ano sob o mote “Carta ao Futuro”.

De acordo com o Regulamento, os textos a concurso devem ser enviados até dia 24 de fevereiro de 2023. A inscrição dos ilustradores deve ser feita entre os dias 27 de fevereiro e 10 de março de 2023.

Para mais informações, consultar a página do ECB ou clicar em

Regulamento Prémio de Escrita & Ilustração

quinta-feira, 6 de outubro de 2022

Annie Ernaux - Prémio Nobel da Literatura 2022


A Academia Sueca distinguiu hoje, 6 de outubro, a escritora francesa Annie Ernaux com o Prémio Nobel da Literatura 2022.

Entre os 119 laureados da história do prémio, Annie Ernaux é a 17.ª mulher a receber esta distinção nesta categoria.

Annie Ernaux nasceu em 1940, em Lillebonne, na Normandia, e estudou nas universidades de Rouen e de Bordéus, sendo formada em Letras Modernas. Professora universitária de Literatura, com cerca de 20 livros publicados, é hoje uma das vozes mais importantes da literatura francesa, destacando-se por uma escrita onde se fundem a autobiografia e a sociologia, a memória e a história dos eventos recentes, abordando temas como o aborto, a igualdade de género e as classes sociais.


Antes deste prémio, Annie Ernaux havia já sido galardoada com o Prémio Renaudot (1984), o Prémio de Língua Francesa (2008), Prémio Europeu Strega (2016), o Prémio Marguerite Yourcenar (2017), o Prémio Formentor de las Letras (2019) e o Prémio Prince Pierre do Mónaco (2021).

Em Portugal, em 1987 foi publicada a obra O lugar, pela editora Fragmentos (esgotado). Recentemente, a chancela Livros do Brasil, do grupo editorial Porto Editora, publicou "Os anos" (2020), "Uma paixão simples" (2020) e "O acontecimento" (2022).





terça-feira, 4 de outubro de 2022

Dia Mundial do Animal - sugestões de leitura

 


Calvin Esparguete: Diário de um gato citadino

Filomena Lança, Publicações Dom Quixote, 2018

Os gatos não têm dono. Pelo contrário, sempre que podem, eles tornam-se donos de vários humanos que não se importem de lhes dar comida e um sítio para passar a noite.

Eis a filosofia do gato desta história, que se recusa a ficar em casa, a dormir no sofá, e que passa os dias em animados passeios pela cidade de Lisboa.

Calvin Esparguete era um gato cinzento, gordo e muito independente, que gostava de fugir de casa e de passear pelas ruas de Lisboa. A sua dona, a jornalista Filomena Lança, decidiu contar a sua história no livro, Calvin Esparguete: Diário de um gato citadino. Uma história contada na primeira pessoa, num exercício divertido: o que é que um gato pensaria disto tudo?

Passeava-se alegremente pelas ruas de Lisboa, andava de autocarro, ou de Metro, ficava meses fora de casa, alguns dias com novas famílias, perdia-se nos subúrbios, foi estrela na Internet e fez amigos entre os turistas. Mas regressava sempre a casa.

As aventuras de Calvin Esparguete terminaram em março de 2021, depois de 18 anos intensos, um enorme privilégio para quem com ele as partilhou.

A sua página de Facebook continua ativa.

https://pt-pt.facebook.com/PaginaDoCalvin/



Cão como nós

Manuel Alegre, Publicações Dom Quixote, 2002

Quase todos nós já tivemos um animal de estimação: cão, gato, periquito, peixinho, tartaruga, já fizeram parte da nossa vida e já foram "um de nós".

Na novela Cão como nós, Manuel Alegre apresenta-nos o Kurika, um épagneul-breton que acompanhou o escritor e a sua família ao longo de anos.

"Cão bonito, dizia eu, em momentos raros. E era um acontecimento lá em casa. Os filhos como que se reconciliavam comigo, minha mulher sorria, o cão começava por ficar surpreendido e depois reagia com excesso de euforia, o que por vezes me fazia arrepender da expressão carinhosa.

[…] Digamos que aquele cão era quase um especialista nas relações com os humanos. […] Deixava-se dominar pela emoção, o que não era vulgar num cão que fazia o possível e o impossível para não o ser.

[…] Um grande chato, sim, um cão rebelde, caprichoso, desobediente, mas um de nós, o nosso cão, ou mais que o nosso cão, um cão que não queria ser cão e era cão como nós."

Manuel Alegre, Cão como nós, Publicações Dom Quixote, 2002




Dia Mundial do Animal

 



O Dia Mundial do Animal comemora-se anualmente no dia 4 de outubro.

A ideia original de dedicar um dia internacional aos animais foi do escritor e ativista dos direitos dos animais alemão Heinrich Zimmermann que, em 1931, durante um Congresso Internacional de Organizações para a Proteção dos Animais, na cidade italiana de Florença, propôs o dia 4 de outubro como Dia Mundial do Animal por ser o dia de São Francisco de Assis, o santo padroeiro dos animais.

(Heinrich Zimmermann)


A celebração do Dia Mundial dos Animal une o movimento de bem-estar animal, mobilizando uma força global para tornar o mundo num lugar melhor para todos os animais. É celebrado de formas diferentes em cada país, independentemente da nacionalidade, religião, fé ou ideologia política.

Principais objetivos da celebração do Dia Mundial do Animal

  • Sensibilizar a população para a necessidade de proteger os animais e a preservação de todas as espécies;
  • Mostrar a importância dos animais na vida das pessoas;
  • Celebrar a vida animal em todas as suas vertentes.

A UE possui padrões elevados para o bem-estar animal. Saiba como a sua legislação protege animais de criação ou de laboratório, selvagens e de estimação:

Legislação da União Europeia para o bem estar e proteção dos animais

Para saber mais sobre o Dia Mundial do Animal, visite o sítio

https://www.worldanimalday.org.uk/


segunda-feira, 3 de outubro de 2022

Fahrenheit 451 - sugestão de leitura no mês internacional da biblioteca escolar

 


Numa sociedade no futuro, todo o pensamento crítico é suprimido e qualquer opinião individual, livre, qualquer ideia dissidente das oficiais, assim como todos os livros são proibidos. O personagem central deste romance, Guy Montag, trabalha como "bombeiro", o que na história significa "queimador de livros", porque uma das principais tarefas dos bombeiros consistia em queimar os livros que podiam alimentar o pensamento crítico. O 451 inserido no título da obra representa, precisamente, a temperatura de combustão do papel em graus fahrenheit (equivalente a 233 graus Celsius).

Um grupo de pessoas resolve manter vivas as histórias dos livros memorizando todas as palavras, tornando-se cada pessoa um livro vivo. No fim do romance, num tom mais otimista, das cinzas vai nascer uma nova sociedade onde as pessoas que outrora liam livros de forma oculta começam a revelar-se, explicando aos outros de onde vieram e de que forma o conhecimento que detêm poderá transformar a vida de todos de forma positiva.




Ray Bradbury (1920 — 2012) foi um escritor norte-americano, considerado um dos grandes mestres da literatura de ficção científica.

Entre os seus livros mais aclamados, destaca-se Fahrenheit 451, escrito na década de 50 do século XX, um clássico que permanece como um dos maiores contributos para a chamada literatura distópica. Escrito nos anos iniciais da Guerra Fria, o livro é uma crítica ao que Bradbury viu como uma crescente e disfuncional sociedade americana. Numa entrevista em 2007, o autor afirmou que o livro explora os efeitos da televisão, em particular, e dos meios de comunicação social em geral na aprendizagem da literatura e na prática da leitura.

Ray Bradbury foi um grande defensor das bibliotecas. Sem dinheiro para estudar ou comprar livros, foi na biblioteca pública de Waukegan, a sua cidade natal, que entrou em contacto com autores de ficção científica ou de contos tradicionais de horror, como H. G. Wells, Jules Verne, Edgar Allan Poe ou Edgar Rice Burroughs, fundamentais para a sua formação como escritor.

Com Fahrenheit 451, escrito na biblioteca Powell, na Universidade da Califórnia, numa máquina de escrever alugada, Ray Bradbury afirmou que pretendia manifestar o seu grande amor pelos livros e pelas bibliotecas, e frequentemente se referia a Montag como uma alusão a si mesmo.


Outubro - Mês Internacional da Biblioteca Escolar

 



Outubro é o Mês Internacional da Biblioteca Escolar (MIBE), uma celebração anual das bibliotecas escolares em todo o mundo, uma oportunidade para darem a conhecer o trabalho que desenvolvem e mostrarem que não são apenas um serviço, mas um centro nevrálgico vital nas escolas. A chamada à ação é da IASL (International Association of School Librarianship).

Em Portugal, o Dia da Biblioteca Escolar assinala-se na quarta segunda-feira do mês de outubro. Em 2022, será no dia 24/10.

O mote para este ano já está lançado: LER PARA A PAZ E HARMONIA GLOBAIS.

[in https://www.rbe.mec.pt/np4/MIBE.html]


Mensagem do senhor Ministro da Educação

“Neste mês de outubro, celebramos as bibliotecas escolares, os seus profissionais, este foco de alegria e descoberta. Celebramo-las na certeza de que todo o desenho de política educativa tem convocado as bibliotecas para o seu contributo inestimável para um futuro com mais sucesso, onde todos aprendem e todos são mais livres.

Boas leituras, em outubro e no ano todo!”

João Costa

Ministro da Educação