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terça-feira, 18 de abril de 2023

Seguindo "Os passos de Saramago" - trabalho de alunos do 11º D (1)


A visita à Exposição “Voltar aos passos que foram dados”, exposição evocativa da vida e obra de José Saramago que, durante o mês de março de 2023, esteve patente na Biblioteca do ECB, inspirou os alunos do 11º D na produção de excelentes trabalhos. Foram realizados na disciplina de Literatura Portuguesa, sob orientação da professora Luísa Rocha.


Isto é Matemática!

 "Isto é Matemática" pretende, de uma forma simples e realista, apresentar como a Matemática nos rodeia em grande parte da nossa vida.

A atual 13.ª temporada conta com o financiamento e apoio institucional da Fundação para a Tecnologia e Ciência, da Fundação Calouste Gulbenkian, da NOVA - New School of Science & Technology e do Novamath - Center For Mathematics + Aplications.

Apresentado por Rogério Martins, matemático e professor universitário, escrito e encenado por Tiago DaCunha Caetano, realizado por Tiger da Silva e com Produção Sigma 3, o programa "Isto é Matemática" é emitido pela SIC, SIC Notícias, SIC Radical e SIC Internacional.
O programa estreou a 13 de Outubro de 2012 e já vai na temporada 13.
Todos os programas estão disponíveis no Youtube no endereço https://www.youtube.com/@istoematematica.
Para mais informações visita o site http://istoematematica.com.

quarta-feira, 5 de abril de 2023

As velas ardem até ao fim - uma sugestão de leitura

 


«Quem sobrevive ao outro é sempre traidor. [...] Sobreviver a alguém, a quem amámos tanto que teríamos sido capazes de matar por ela, sobreviver a alguém a quem estávamos ligados de tal maneira que quase morremos por isso, é um dos crimes mais misteriosos e inqualificáveis da vida.»

In As Velas Ardem até ao Fim


Para a maior parte dos leitores portugueses, Sándor Márai tornou-se conhecido a partir da publicação em Portugal do romance As Velas Ardem até ao Fim. Considerado por leitores e pela crítica como um dos melhores romances escritos no século XX, apresenta-nos a história de dois homens, amigos inseparáveis na juventude, que, depois de mais quarenta anos sem se verem, se sentam a jantar para uma conversa decisiva num pequeno castelo de caça na Hungria, onde outrora se celebravam elegantes saraus e cujos salões decorados ao estilo francês se enchiam da música de Chopin. O esplendor de então já não existe, tudo anuncia o final de uma época. Um dos homens, Konrád, o rapaz pobre, descendente de Chopin, que sonhava secretamente com uma carreira como músico, passou muito tempo no Extremo Oriente; o outro, Henrik, o militar de sucesso, filho abastado de uma família nobre, pelo contrário permaneceu na sua propriedade na Hungria. Mas ambos viveram à espera deste momento, e, no final da vida, vão falar de uma mulher e de um segredo, cuja força ditou uma separação irreparável.


sábado, 1 de abril de 2023

Sándor Márai – autor do mês de abril

 


Sándor Márai nasceu no dia 11 de abril de 1900, em Košice, uma pequena cidade da Hungria, hoje pertencente à Eslováquia. Filho de um advogado e de uma professora, é considerado um dos maiores escritores da língua húngara, tendo publicado mais de quarenta livros, sobretudo romances, mas também poesia e peças de teatro.

No início dos anos 20 do século passado, Miklós Horthy chega ao poder na Hungria, como regente do Reino da Hungria, lugar que ocupou até 1944. A sua política à frente de um governo nacional-conservador, que teve como grandes atos a proibição da existência de partidos comunistas e a adoção de uma política que visava recuperar os territórios perdidos pela Hungria após a Primeira Guerra Mundial, levou Sándor Márai a autoexilar-se, primeiro na Alemanha, vivendo em Berlim e em Frankfurt, cidade onde começou a trabalhar como jornalista; mais tarde, já em França, onde foi correspondente em Paris do Frankfurt Zeitung.

Publicou o seu primeiro romance quando tinha 24 anos. Tendo alcançado grande sucesso na Hungria, em 1945 foi eleito membro da Academia Húngara de Ciências.

Liberal acima de tudo, verdadeiro amante dos valores morais e civis, em 1948, em clara oposição ao regime comunista instaurado no país e com plena convicção de que jamais poderia experimentar o seu ideal de liberdade numa sociedade dominada pelo comunismo, Sándor Márai sai de Budapeste num novo autoexílio, tendo emigrado para os Estados Unidos e adquirido a cidadania americana.

Sándor Márai escreveu sempre em húngaro e produziu a maior parte das suas obras no período entre 1928 e 1948. Respeitado por todos e estimado como um dos maiores escritores da literatura centro-europeia, o facto de sempre se manifestar como um crítico inconformado com a ascensão do comunismo levou o regime húngaro a proibir toda a sua obra. Se na Hungria a obra de Márai acabou por cair no esquecimento, no Ocidente alguns emigrantes húngaros continuaram a publicá-lo.

Foi preciso esperar até à queda do regime comunista, para que este escritor fosse redescoberto no seu país e no mundo inteiro.

Em 1979, depois de passar algum tempo na Suíça, na Itália e em França, Sándor Márai muda-se para San Diego, Califórnia, onde se suicidou, em 1989, poucos meses antes da queda do muro de Berlim.

Nos seus últimos escritos, Diários 1984-1989 (ainda não publicados em Portugal), Sándor Márai conta como acompanhou a lenta morte da mulher, Lola, e decidiu comprar um revólver para evitar um fim semelhante e sofrido. A força da sua literatura esteve sempre na sua descrença e na aceitação do seu destino. Defensor da liberdade, incluindo a de escolher como morrer, talvez o seu suicídio seja a mensagem mais forte que nos deixou em defesa desse valor.

Em 1990, Sándor Márai recebeu postumamente o Prémio Kossuth, patrocinado pelo governo húngaro.


Obras de Sándor Márai publicadas em Portugal

(*) no catálogo da biblioteca do ECB

  • As velas ardem até ao fim (*)
  • Embers (versão em língua inglesa de As velas ardem até ao fim) (*)
  • A mulher certa (*)
  • A herança de Eszter (*)
  • A gaivota
  • A conversa de Bolzano
  • A irmã
  • A ilha
  • Divórcio em Buda
  • Rebeldes