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terça-feira, 21 de março de 2017

Dia Mundial da Poesia



O Dia Mundial da Poesia celebra-se todos os anos a 21 de março. A data foi criada na 30ª Conferência Geral da UNESCO, a 16 de novembro de 1999.
Este Dia Mundial da Poesia celebra a diversidade do diálogo, a livre criação de ideias através das palavras, da criatividade e da inovação. A data visa apoiar a diversidade linguística através da expressão poética, promover o seu ensino e também fazer uma reflexão sobre o poder da linguagem e do desenvolvimento das habilidades criativas de cada pessoa. A poesia contribui para a diversidade criativa, usando as palavras e os nossos modos de perceção e de compreensão do mundo.
Poesia em Portugal
A literatura portuguesa orgulha-se de entre os seus grandes se encontrarem muitos poetas cuja obra literária é mundialmente conhecida. Nomeá-los a todos seria tarefa impossível, tal a vastidão. De Luís de Camões a Fernando Pessoa ou Mário de Sá-Carneiro, de Florbela Espanca a Natália Correia ou Sophia de Mello Breyner Andersen, Cesário Verde, Almeida Garrett, António Nobre, José Régio, Miguel Torga António Ramos Rosa, Eugénio de Andrade, Herberto Hélder, Alexandre O’Neill, Manuel Alegre são alguns entre muitos.
No Dia Mundial da Poesia podemos…
… escrever um poema sobre o que sentimos.
… escrever poemas com os amigos.
… declamar poemas.
… reler os poetas e os poemas preferidos.
… colocar poemas em música.
… assistir a encontros de poetas.
… assistir a filmes sobre poetas.
… dizer às pessoas o que sentimos por elas.
… fazer de cada gesto um poema.
A 21 de março celebra-se também o Dia Mundial da Árvore. Podemos construir uma árvore com folhas de poemas, ou escrever um poema sobre uma árvore.

Dia Internacional das Florestas ( ou Dia da Árvore)


Foi nos EUA, em 1872, que no Estado do Nebraska a população decidiu dedicar um dia à plantação de árvores para fazer face à escassez de árvores e florestas.
A Festa passou da Árvore à da Floresta quando, em 1971, a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) estabeleceu o "Dia Mundial da Floresta" com o objetivo de sensibilizar as populações para a importância da floresta na manutenção da vida na Terra. Muitos países do hemisfério norte escolheram então o dia 21 de março para esta assinalar esta festa, por ser o primeiro dia da primavera.
Em Portugal, a 1.ª Festa da Árvore comemorou-se em 1907, prática que se manteve até 1917. Após muitos anos sem celebrar o dia, em 1970, no âmbito das comemorações do Ano Europeu da Conservação da Natureza, foi retomada a celebração oficial do “Dia da Árvore”, por proposta da então Direcção-Geral dos Serviços Florestais e Aquícolas e da Liga para a Protecção da Natureza. Em 1972, comemorava-se o 1.º Dia Mundial da Floresta.
Em 30 de novembro de 2012, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou uma resolução que declara o dia 21 de março de cada ano como Dia Internacional das Florestas, encarregando o Secretariado de, em colaboração com os governos e as demais organizações internacionais e da ONU, organizar anualmente as comemorações do Dia Internacional.


O objetivo destas comemorações é sensibilizar a população para a importância da preservação das árvores, quer ao nível do equilíbrio ambiental e ecológico, como da própria qualidade de vida dos cidadãos. 30% da superfície terrestre está coberta por florestas, sendo nestas que se realiza a fotossíntese - produção de oxigénio a partir de dióxido de carbono. As florestas são apelidadas dos pulmões do mundo, não apenas pela sua função de manutenção e renovação dos ecossistemas, como também pela sua importância em áreas estratégicas como a economia e a produção de bens e alimentos.

Frases do Dia Mundial da Árvore

Proteger a árvore é proteger a vida.
Plante uma árvore, semeie a vida no planeta.
As árvores são os pulmões do mundo.
Sem árvores não vivemos.
As árvores são nossas amigas.


quarta-feira, 15 de março de 2017

Dia Mundial dos Direitos do Consumidor

Em 1962, o presidente dos Estados Unidos da América John Fitzgerald Kennedy instituiu o dia 15 de março como Dia Mundial dos Direitos do Consumidor. Kennedy definiu como direitos fundamentais dos consumidores o direito à segurança, à informação, à escolha e a ser ouvido.
Em Portugal, os direitos do consumidor encontram-se consagrados na Constituição da República Portuguesa e pela Lei de Defesa do Consumidor (Lei 24/96 de 31 de julho, alterada pelo Decreto Lei 67/2003, de 8 de Abril, e pela Lei 47/2014, de 28 de julho). A legislação portuguesa define como consumidor “todo aquele a quem sejam fornecidos bens, prestados serviços ou transmitidos quaisquer direitos, destinados a uso não profissional, por pessoa que exerça com caráter profissional uma atividade económica que vise a obtenção de benefícios” e reconhece-lhe os seguintes direitos:
·         direito à proteção da saúde e segurança;
·         direito à qualidade dos bens ou serviços;
·         direito à proteção dos interesses económicos;
·         direito à prevenção e à reparação de prejuízos;
·         direito à formação e à educação para o consumo;
·         direito à informação para o consumo;
·         direito à representação e consulta;
·         direito à proteção jurídica e a uma justiça acessível e pronta.
A DECO - Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor – é o organismo que tem por missão “defender os direitos e legítimos interesses dos consumidores, contribuindo para resolver os seus problemas e ajudá-los a exercer os seus direitos fundamentais: acesso à informação para uma melhor escolha, à qualidade dos bens, à educação e à justiça, direito à saúde, à segurança”, contribuindo assim para que os consumidores estejam mais informados, mais esclarecidos, mais conscientes, mais confiantes e empoderados, capazes de ser um motor de uma economia inovadora e competitiva.
A promoção dos direitos, da prosperidade e do bem-estar dos consumidores é igualmente um dos valores fundamentais da União Europeia, o que se reflete na sua legislação. A pertença à União Europeia assegura uma proteção adicional aos consumidores.
A União Europeia fez a educação do consumidor parte dos seus objetivos gerais da defesa do consumidor (artigo 153º, Tratado de Amesterdão, 1997). A Educação dos consumidores é, portanto, um direito reconhecido dos consumidores europeus e um objetivo a ser alcançado conjuntamente pela Comunidade Europeia e pelos Estados-Membros.
Deste modo, a literacia financeira, enquanto capacidade de compreensão de noções financeiras, no sentido da aquisição de competências e responsabilidades neste domínio, é uma preocupação recente dos Estados, das instituições financeiras e das associações de defesa do consumidor. Mais recentemente, começou a ser também preocupação das instituições escolares e a assumir lugar importante ao nível das opções estratégicas de alguns Projetos Educativos.

sábado, 11 de março de 2017

Dia Europeu das Vítimas do Terrorismo



Em 2004, entre as 7:39 e as 7:42 da manhã do dia 11 de março, três explosões em estações ferroviárias de Madrid (Atocha, El Pozo de Tío Raimundo e Santa Eugenia) e uma num comboio que se dirigia para a estação de Atocha mataram 191 pessoas e feriram cerca de 2000. Inicialmente atribuídos pelo governo espanhol ao grupo separatista basco ETA, investigações posteriores provaram ligações entre estes atentados e uma célula terrorista inspirada na al-Qaeda, apesar de a sua autoria não ter sido reivindicada.
Os atentados, também conhecidos como 11-M, foram os piores ataques terroristas da história espanhola e da Europa e os que mais mortes causaram no continente europeu desde o atentado de Lockerbie, no Reino Unido, em 1988, quando a detonação de uma bomba fez explodir um avião em pleno voo sobre a cidade escocesa de Lockerbie e provocou a morte das 259 pessoas que viajavam a bordo e de 11 moradores de Lockerbie.
No dia 25 de março de 2004, por proposta do Parlamento Europeu, o Conselho Europeu decretou o dia 11 de março como o Dia Europeu das Vítimas do Terrorismo, procurando desta forma prestar homenagem a todos os que perderam a vida em ataques terroristas e partilhar a dor dos familiares e amigos das vítimas.
Outro objetivo da comemoração deste dia é consciencializar a opinião pública e os governos para a necessidade do combate ao terrorismo e da promoção da defesa dos direitos humanos.

Para assinalar o dia, a Comissão Europeia promove várias iniciativas, entre as quais conferências que têm em vista a prevenção do terrorismo, em articulação com a Rede Europeia das Vítimas de Terrorismo (NAVT), da qual a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) faz parte.

quarta-feira, 8 de março de 2017

Dia Internacional da Mulher



"Women’s rights are human rights.
[...] On International Women’s Day, let us all pledge to do everything we can to overcome entrenched prejudice, support engagement and activism, and promote gender equality and women’s empowerment."
António Guterres, Secretário-geral das Nações Unidas
Em 1975, a Organização das Nações Unidas estabeleceu o dia 8 de março como o Dia Internacional da Mulher.
Para a compreensão da origem desta data, várias são as histórias, algumas rasando aspetos quase lendários.
Durante muito tempo, convencionou-se que a data reportaria a 1857, quando trabalhadores de uma indústria têxtil de Nova Iorque fizerem greve como forma de luta por melhores condições de trabalho, incluindo igualdade de direitos laborais para as mulheres. Também a 8 de março, mas de 1908, e lembrando o movimento de 1857, trabalhadoras do comércio de agulhas de Nova Iorque fizeram uma manifestação para exigir o voto feminino e o fim do trabalho infantil. Ambos os movimentos foram violentamente reprimidos pela polícia.
Em 1910, durante uma conferência na Dinamarca, país onde em 1908 as mulheres conquistaram o direito de voto, ficou decidido que o dia 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem ao movimento pelos direitos das mulheres e como forma de obter apoio internacional para a luta em favor do direito de voto para todas as mulheres.
Outra versão sobre a origem desta data defende que o dia 8 de Março foi escolhido após a 3ª Internacional Comunista, em 1919, assinalando o dia em que mulheres de São Petersburgo se manifestaram reclamando pão e o regresso dos soldados que combatiam na Primeira Guerra Mundial. Desde os inícios de 1917 que ocorriam na Rússia manifestações de trabalhadoras por melhores condições de vida e trabalho e contra a entrada da Rússia na Guerra. Os protestos foram brutalmente reprimidos, precipitando o início da Revolução de 1917. A principal manifestação terá ocorrido no dia 23 de Fevereiro de 1917, que, no calendário gregoriano, corresponde ao dia 8 de Março.
Se considerarmos que, a partir de 1945, esta data se tornou feriado nos países do então bloco comunista, percebemos que, apresentando contornos históricos e geográficos diferentes, estas versões parecem inscrever-se, acima de tudo, no contexto da Guerra Fria, quando os Estados Unidos da América e a União Soviética rivalizavam pela supremacia ideológica e militar no mundo. Se a tradição ocidental defende a luta das trabalhadoras de Nova Iorque como origem histórica do Dia Internacional da Mulher, a Europa de Leste reclama o papel ativo desempenhado pelas mulheres de São Petersburgo.
Qualquer que seja a sua origem, o certo é que, em 1975, durante o Ano Internacional da Mulher, a Organização das Nações Unidas decidiu celebrar o Dia Internacional da Mulher a 8 de março.
Na atualidade, discute-se a pertinência desta celebração por, alegadamente, ter perdido o seu sentido original e adquirido um caráter demasiado festivo e comercial. No entanto, se é verdade que em muitos países do mundo qualquer discriminação, incluindo a de género, é considerada inconstitucional, pelo que a luta feminista pela concessão às mulheres dos mesmos direitos de cidadania conferidos aos homens parece ter alcançado os seus fins, não podemos ignorar que, não só nestes países continuam a existir outras formas de discriminação (nomeadamente no que respeita a questões laborais e salariais), como em muitos outros os direitos das mulheres continuam a ser, por força das próprias leis, diária e sistematicamente violados.
O dia 8 de março deve ser assim, não só um dia de comemoração e de homenagem a todas as mulheres que, no passado, lutaram pelos seus direitos e contra o preconceito (racial, sexual, político, cultural, linguístico ou económico), mas também um dia para reflexão sobre o muito que ainda falta conquistar nalgumas sociedades.

Mensagem do Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas para as comemorações do Dia Internacional da Mulher 2017:

http://www.un.org/en/events/womensday/sgmessage.shtml




©AP Images/European Union-EP
Em 2017, O Parlamento Europeu dedica o Dia Internacional da Mulher à emancipação económica das mulheres.
Para saber mais:

quarta-feira, 1 de março de 2017

Autor do mês de março - Simone de Beauvoir

“Que nada nos defina. Que nada nos sujeite.
Que a liberdade seja a nossa própria substância.”
“Não se nasce mulher: torna-se.”
“Querer-se livre é também querer livres os outros.”

Considerada uma das figuras emblemáticas do movimento feminista, Simone de Beauvoir nasceu em Paris, a 9 de janeiro de 1908, e morreu na mesma cidade a 14 de abril de 1986.
No mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, a escolha desta escritora, filósofa e ativista política como autora de março surgiu quase como um imperativo.
Simone de Beauvoir, depois de estudar matemática no Instituto Católico de Paris e literatura e línguas no colégio Sainte-Marie de Neuilly, licenciou-se em filosofia na Universidade de Paris (Sorbonne), onde terá conhecido intelectuais como Maurice Merleau-Ponty, René Maheu e Jean-Paul Sartre (que se tornaria o seu companheiro para a vida).
Em 1931 começou uma carreira profissional como professora, deixando de lecionar em 1943, data em que publica o seu primeiro romance, A convidada.
Até 1981, publicará cerca de vinte títulos, entre romances (O sangue dos outros ou Os mandarins, por exemplo), ensaios filosóficos (O segundo sexo, A velhice, Pyrrhus et Cinéas ou Privilèges), novelas, peças de teatro e a sua autobiografia em 4 volumes.
No último livro que publicou, A Cerimónia do Adeus (em 1981, um ano após a morte de Sartre), a primeira parte consiste num relato pessoal, em forma de diário, dos últimos dez anos que Beauvoir e Sartre partilharam, seguido de uma segunda parte com uma série de diálogos entre ambos, a que chamou "Conversas com Sartre".
O livro O Segundo Sexo, publicado originalmente em capítulos, em 1949, na revista fundada e dirigida por Sartre, Les Temps Modernes, é considerado uma das obras mais importantes para o movimento feminista, abrindo caminhos para a teorização em torno das desigualdades construídas em função das diferenças entre os sexos. No primeiro volume, Simone de Beauvoir analisa os mitos e os factos que condicionam a situação da mulher na sociedade; no segundo volume, analisa a condição feminina nas esferas sexual, psicológica, social e política. A partir da reflexão sobre as razões históricas e os mitos que fundaram e sustentaram a sociedade patriarcal e trataram a mulher como um "segundo sexo", silenciando-a e relegando-a para um lugar de subalternidade, Beauvoir irá apontar soluções que visam a igualdade entre os seres humanos.
Considerado um livro revolucionário (e maldito) na sua época, quase 70 anos passados sobre a primeira edição as temáticas relacionadas com a condição da mulher continuam a ser pertinentes e a manter aceso o debate.
Obras de Simone de Beauvoir na Biblioteca do ECB
A convidada (romance)
O sangue dos outros (romance)
O Segundo Sexo (vols. I e II) (ensaio)
Os Mandarins (romance)
Memórias de uma menina bem comportada (autobiografia)
A força da idade (autobiografia)
A força das coisas (autobiografia)
Balanço final (autobiografia)