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quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

20 de fevereiro – Dia Mundial da Justiça Social




"Eu sou um intelectual que não tem medo de ser amoroso, eu amo as gentes e amo o mundo. E é porque amo as pessoas e amo o mundo, que eu brigo para que a justiça social se implante antes da caridade".

Paulo Freire, pedagogo e filósofo brasileiro (1921-1997)

Em novembro de 2007, a Organização das Nações Unidas instituiu o dia 20 de Fevereiro como o Dia Mundial da Justiça Social, com o objetivo de promover a reflexão sobre a necessidade de existir Justiça Social em todos os países do mundo. As principais metas para a realização da Justiça Social são a eliminação da pobreza, o acesso a emprego digno, a eliminação de todo o tipo de discriminações e também melhorar o bem-estar da população. Para tal, a Organização das Nações Unidas aposta em iniciativas para a difusão e o incentivo de políticas de inclusão social e proteção dos mais pobres e desafortunados, garantindo assim que os que têm menos acesso sejam incluídos no ciclo do desenvolvimento.
A falta de justiça social afeta ainda hoje muitos países no mundo e de forma mais grave aqueles que enfrentam regimes de governo não democráticos, onde os esforços têm sido intensificados para melhorar as condições de vida da população.
Do ponto de vista da ética e justiça social, o respeito pelos direitos humanos deve ser uma das bases de qualquer sociedade, pois somente a partir dele se pode garantir a vida com dignidade e a eliminação dos abusos e, por consequência, da desigualdade.
A educação é uma das bases para a promoção da Justiça Social pois é através da educação que os seres humanos se desenvolvem como cidadãos e adquirem condições de acesso a um emprego digno, garantia também de uma vida plena e realizada.

Em 2108, a Organização Internacional do Trabalho (organismo especializado da ONU) celebra o Dia Mundial da Justiça Social lembrando os cerca de 150 milhões de trabalhadores migrantes em todo o mundo.


Saiba mais em

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Dia dos Namorados - uma exposição na Biblioteca


 O Beijo (1907/1908) - Gustav Klimt

“Qualquer um que desejar saber algo sobre mim deve olhar atentamente para as minhas pinturas e procurar reconhecer nelas o que eu sou e o que eu quero”.
Gustav Klimt
Talvez a obra mais famosa do pintor austríaco Gustav Klimt, O Beijo foi a inspiração para os alunos do 9º ano do ECB comemorarem o Dia dos Namorados.

Exposição patente na Biblioteca do ECB.










Gustav Klimt nasceu em Viena, a 14 de julho de 1862, e morreu na mesma cidade, em 6 de fevereiro de 1918.


Gustav Klimt

Em O Beijo, executado entre 1907 e 1908 e originalmente nomeado Casal de Namorados, Klimt comunica uma sexualidade latente, retratando sensualidade e erotismo: um homem e uma mulher abraçados sob um tapete de flores; o homem inclinado a beijá-la. Críticos e historiadores de arte afirmam que o casal retratado é o próprio Klimt com Emilie Flöge, a sua eterna companheira e musa, que aqui aparece como mulher fatal e submissa. O contorno do homem, definido por ornamentos retangulares, simbolizará a sua masculinidade, impondo movimento no pescoço forte. A mulher, pelo contrário, através de contornos arredondados, é representada de forma passiva - ajoelhada em frente ao homem - num gesto claro de subordinação.
Esta obra integra-se na fase dourada do artista (da qual fazem parte pinturas como O Retrato de Adele Bloch-Bauer I, Judith ou Danaë) e contém na sua composição elementos de ouro, além de detalhes que simulam ametistas, safiras, rubis, opalas e esmeraldas.
Em 1988, 70 anos após a morte do artista, expiraram os direitos de autor da obra e O Beijo passou a ser comercializado de forma massiva, tornando-se estampa dos mais diversos produtos da indústria cultural. A obra original, executada em óleo sobre tela e medindo 180x180 centímetros, está exposta na Galeria do Palácio Belvedere, em Viena, que abriga a maior coleção do mundo com obras do artista.

Para saber mais sobre a obra e o artista, clique em





quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Paul Auster - autor do mês de fevereiro


A literatura é essencialmente solidão. Escreve-se em solidão, lê-se em solidão e, apesar de tudo, o acto de leitura permite uma comunicação entre dois seres humanos.

O escritor norte-americano Paul Auster nasceu em Newark, New Jersey, Estados Unidos, no dia 3 de fevereiro de 1947. Nome cimeiro da atual literatura norte-americana, um escritor de romances “sobre almas solitárias”, tem a sua obra traduzida em mais de quarenta línguas e romances como Timbuktu, O Livro das Ilusões, A Noite do Oráculo ou o mais recente 4 3 2 1 podem ser considerados obras ímpares da literatura universal.
A sua estadia em França, entre 1971 e 1975, aproximou-o da literatura francesa, cuja influência o marcou para sempre. André Breton, Paul Éluard, Stéphane Mallarmé, Jean-Paul Sartre ou Maurice Blanchot são alguns dos escritores franceses que mais admira, contribuindo para a sua difusão junto dos leitores norte-americanos traduzindo-os para a língua inglesa. Além destes autores, Paul Auster refere ainda como influências Dostoiévski, Ernest Hemingway, F. Scott Fitzgerald, Faulkner, Kafka, Hölderlin, Samuel Beckett e Marcel Proust.
Em 1982, Paul Auster começa a carreira como escritor, quando, sob o pseudónimo de Paul Benjamin, publica Squeeze Play, um romance policial que foi apenas distribuído por duas livrarias de Nova Iorque e do qual poucos exemplares foram vendidos. O sucesso viria depois e sempre mais reconhecido na Europa do que no seu próprio país.
Em 1993, foi nomeado Cavaleiro da Ordem das Artes e das Letras em França e ganhou o Prémio Médicis para Literatura Estrangeira. Em 2006, foi-lhe atribuído o Prémio Príncipe das Astúrias das Letras.
A sua obra encontra-se preenchida por histórias fortes numa prosa limpa. O confronto entre o indivíduo e o vazio, o poder da contingência, a natureza da solidão e memória são alguns dos temas que recorrentemente aborda nos seus romances. A narração é geralmente levada a cabo por personagens cuja perturbação vai aumentando à medida que a ação se desenvolve. Realismo, fantasia, acaso e potencialidades realizadas e irrealizáveis vão-se fundindo de forma indestrinçável.
Em muitos dos seus livros é evidente a influência do cinema: as histórias desenrolam-se numa sucessão que fazem lembrar um thriller, usando o método da "caixa chinesa", sucessão de histórias no interior umas das outras. Esta ligação ao mundo cinematográfico fica consolidada em 1995, quando, em parceria com Wayne Wang, realiza os filmes Smoke e Blue in the Face, de cujos argumentos é também autor. Em 1998, realiza o filme Lulu on the Bridge, igualmente a partir de argumento seu. Em 2006, realiza The Inner Life of Martin Frost, filme produzido pelo português Paulo Branco e baseado no seu romance O Livro das Ilusões, publicado em 2002.
Em 2017, e após sete anos sem publicar, Paul Auster presenteia os seus leitores com 4 3 2 1, romance ambicioso, com 872 páginas, e que, partindo de questões como O que nos motiva verdadeiramente? O que nos leva a optar por um caminho em detrimento de outro? De que futuros abdicamos pelo simples facto de termos apenas uma vida para viver?, nos conduz por quatro possíveis destinos de uma mesma vida, a de Archibald Isaac Ferguson, uma só criança a quem são dados quatro caminhos ficcionais diferentes, quatro direções possíveis. Uma pessoa que se desdobra em quatro, para assim viver quatro vidas paralelas e absolutamente diferentes, mercê das circunstâncias, do acaso e das escolhas.
Além de poeta, tradutor, crítico de cinema e de literatura, romancista e autor de argumentos para cinema, Paul Auster deu aulas de escrita criativa na Universidade de Princetown, em Nova Iorque.
Vive em Brooklin, com a também escritora e crítica de arte Siri Hustvedt.

Obras publicadas
(*) obras que integram o catálogo da Biblioteca do ECB
Ficção
  • Squeeze Play (1982) (romance policial, sob o pseudónimo de Paul Benjamin)
  • A Trilogia de Nova Iorque (1987) (*)
  • Cidade de Vidro (1985)
  • Fantasmas (1986)
  • O Quarto Fechado (1986)
  • No País das Últimas Coisas (1987)
  • Palácio da Lua (1989) (*)
  • A Música do Acaso (1990)
  • Leviathan (1992) (*)
  • História de Natal de Auggie Wren (1992)
  • Mr. Vertigo (1994)
  • Timbuktu (1999) (*)
  • O Livro das Ilusões (2002)
  • A História da Minha Máquina de Escrever (2002)
  • A Noite do Oráculo (2004) (*)
  • As loucuras de Brooklyn (2005)
  • Viagens no Scriptorium (2007)
  • Homem na Escuridão (2008) (*)
  • Invisível (2009) (*)
  • Sunset Park (2010)
  • 4 3 2 1 (2017)









Não ficção
  • Invenção da Solidão (1982)
  • O Caderno Vermelho (1995) (*)
  • Experiências com a Verdade (1995)
  • Da Mão para a Boca (1997)
  • Diário de Inverno (2012)
  • Relatório do Interior (2013)

Coordenações editoriais
  • The Random House Book of Twentieth-Century French Poetry (1982).
  • Pensei que o meu pai era Deus (2001) – coletânea de histórias reais de ouvintes do National Story Project, da National Public Radio norte-americana.
  • Works of Samuel Beckett the Grove Centenary Editions (2006)

Argumentos para cinema
  • Smoke, 1995
  • Blue in the Face, 1995
  • Lulu on the Bridge, 1998
  • The Center of the World, 2001 (em co-autoria com Siri Hustvedt e Miranda July)
  • The Inner Life of Martin Frost, 2006

Reconhecimentos, galardões e prémios literários
  • 1989 – Prix France Culture de Littérature Étrangère por A Trilogia de Nova Iorque
  • 1990 – Morton Dauwen Zabel Award da American Academy and Institute of Arts and Letters
  • 1991 – Finalista do PEN/Faulkner Award for fiction com o romance A Música do Acaso
  • 1993 – Chevalier dans l'ordre des Arts et des Lettres (Ordem das Artes e das Letras da República Francesa)
  • 1993 – Prix Médicis - Melhor Romance Estrangeiro por Leviathan
  • 1996 – Bodil Awards - Melhor Filme Americano: Smoke
  • 1996 – Independent Spirit Award - Melhor Argumento: Smoke
  • 1996 – John William Corrington Award for Literary Excellence
  • 2000 – Prémio Literário Arzobispo Juan de San Clemente, de Santiago de Compostela, pelo romance Timbuktu
  • 2003 – A Trilogia de Nova Iorque é eleita pelo The Guardian/The Observer como uma das 100 melhores obras de ficção de todos os tempos
  • 2004 – Prémio Qué Leer de los lectores pelo romance A Noite do Oráculo
  • 2006 – Prémio Qué Leer de los lectores pelo romance As Loucuras de Brooklyn
  • 2006 – Em Brooklyn, o dia 27 de Fevereiro foi declarado pelo presidente desse Distrito de Nova Iorque como o 'Paul Auster Day'
  • 2006 – Prémio Príncipe das Astúrias das Letras
  • 2006 – Eleito como membro regular da The American Academy of Arts and Letters
  • 2007 – Doutor 'Honoris Causa' pela Universidade de Liège
  • 2009 – Premio Leteo (Espanha)
  • 2012 – NYC Literary Honor for Fiction pelas mãos de Michael Bloomberg, Mayor de Nova Iorque
  • 2017 – Finalista do Man Booker Prize for Fiction com o romance 4 3 2 1