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quinta-feira, 27 de maio de 2021

Menos é Mais - o jornal digital do 10º B

 



A direção do Externato Cooperativo da Benedita propôs no início do ano letivo 2020/2021 que o tema central dos projetos do Domínio e Autonomia Curricular fosse a Sustentabilidade.

         Como resultado deste ano de trabalho, os alunos do 10º ano, turma B, de Ciências e Tecnologias, do Externato Cooperativo da Benedita elaboraram um Jornal Digital com o Tema “Menos é Mais”, integrado na temática global da escola.

         A apresentação deste jornal ocorreu no dia 24 de maio de 2021 e contou com a presença do Diretor, Dr. Nuno Rosa, dos professores da turma e dos alunos da turma A do 10º ano de Ciências e Tecnologias, aos quais agradecemos a presença.



O site a que devem aceder para conhecer e participar no nosso trabalho é o que se segue:

https://menosemais811493790.wordpress.com/

Muito Obrigada!

A Turma B, do 10º ano de CT


segunda-feira, 3 de maio de 2021

Dia Mundial da Liberdade de Imprensa

 


"Todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, o que implica o direito de não ser inquietado pelas suas opiniões e o de procurar, receber e difundir, sem consideração de fronteiras, informações e ideias por qualquer meio de expressão."

Artigo 19.º da Declaração Universal dos Direitos Humanos


Comemora-se hoje o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, data proclamada em 1993, na 26ª Sessão da Conferência Geral da UNESCO em Paris.

O dia 3 de Maio foi escolhido para assinalar o aniversário da Declaração de Windhoek, declaração aprovada durante um seminário organizado pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Ciência, Educação e Cultura) e pelo MISA (Instituto para a Comunicação Social da África Austral) sobre a "Promoção da Independência e do Pluralismo da Imprensa Africana", que se realizou em Windhoek, Namíbia, de 29 de Abril a 3 de Maio de 1991.

O artigo V da Declaração de Windhoek, em harmonia com o artigo 19.º da Declaração Universal dos Direitos Humanos, considera que “a tendência mundial para a democracia e a liberdade de informação e de expressão é um contributo fundamental para a realização das aspirações da humanidade” e que "o estabelecimento, manutenção e promoção de uma imprensa independente, pluralista e livre é essencial para o desenvolvimento e a manutenção da democracia numa nação, e para o desenvolvimento económico", isto é, a Liberdade, a Independência e o Pluralismo dos meios de comunicação social são princípios essenciais para a salvaguarda da Democracia e dos Direitos Humanos.


Com a comemoração do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa pretende-se:

  • promover os princípios fundamentais da liberdade de imprensa;
  • sensibilizar os líderes políticos e a comunidade em geral para a defesa da liberdade de imprensa;
  • combater os ataques feitos aos media e impedir as violações à liberdade de imprensa;
  • lembrar os jornalistas que são vítimas de ataques, capturados, torturados ou a quem são impostas limitações no exercer da sua profissão;
  • prestar homenagem a todos os profissionais que faleceram vítimas de ataques terroristas ou que foram assassinados por organizações terroristas no desempenho das suas funções.

Portugal, desde a instauração do regime democrático em abril de 1974, após décadas de censura, é um país onde a liberdade de imprensa é garantida constitucionalmente. De acordo com o Artigo 38º da Constituição da República Portuguesa (sobre Liberdade de imprensa e meios de comunicação social):

1. É garantida a liberdade de imprensa.

2. A liberdade de imprensa implica:

a) A liberdade de expressão e criação dos jornalistas e colaboradores, bem como a intervenção dos primeiros na orientação editorial dos respetivos órgãos de comunicação social, salvo quando tiverem natureza doutrinária ou confessional;

b) O direito dos jornalistas, nos termos da lei, ao acesso às fontes de informação e à proteção da independência e do sigilo profissionais, bem como o direito de elegerem conselhos de redação;

c) O direito de fundação de jornais e de quaisquer outras publicações, independentemente de autorização administrativa, caução ou habilitação prévias.


No entanto, sabemos que a nível mundial a liberdade de imprensa está cada vez mais ameaçada pela proliferação da desinformação que grassa nas redes sociais, nos media e em outras plataformas de fácil acesso. Além disso, todos os anos vários jornalistas são capturados e mantidos prisioneiros em diversas regiões do mundo, com destaque para os países onde vigoram regimes ditatoriais.

A ONG internacional e independente Repórteres Sem Fronteiras (RSF) desenvolve esforços para proteger os profissionais de comunicação social em todo o mundo e alerta para os perigos a que estão sujeitos no desempenho do seu trabalho. Anualmente, avalia a situação mundial da liberdade de imprensa em 180 países e territórios e dá a conhecer o ranking.

A edição 2021 do Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa mostra que o exercício da atividade jornalística está gravemente comprometido em mais de 130 países e que o jornalismo, a principal “vacina contra o vírus da desinformação”, como afirmou o secretário-geral da RSF, Christophe Deloire, está total ou parcialmente limitado em 73% dos países avaliados.

No documento da RSF 2021 sublinha-se que houve uma "deterioração dramática" da liberdade de imprensa desde que a pandemia atingiu o planeta, verificando-se que alguns países utilizaram a pandemia do novo coronavírus "para bloquear o acesso dos jornalistas à informação, fontes e reportagens no terreno".

De acordo com os últimos dados, apenas 12 dos 180 países avaliados, ou seja, 7% (eram 8% em 2020), podem orgulhar-se de proporcionar um ambiente favorável à informação, aparecendo a Noruega, pelo quinto ano consecutivo, em primeiro lugar no ranking, seguida da Finlândia, da Suécia e da Dinamarca, confirmando o destaque do "modelo nórdico". No campo oposto, encontramos países como a Índia (142º), o México (143º), a Rússia (150º), ou a China (177º). Os últimos lugares do ranking são ocupados pelo Turquemenistão (178º), a Coreia do Norte (179º) e a Eritreia (180º).

Portugal, em 2021, aparece classificado em 9º lugar, verificando-se a subida de uma posição face aos dados de 2020.


No ano em que se comemoram os 30 anos da Declaração de Windhoek, a ONU escolheu o lema “A informação como um bem comum”, realçando a diferença entre a informação e outros tipos de conteúdos de comunicação, como a desinformação, o discurso de ódio ou o entretenimento. O objetivo é chamar a atenção para o papel da imprensa na produção de notícias como informação verificada de interesse público e como isto depende de um ecossistema mais amplo que transforma a informação num bem comum.

O Dia Mundial da Liberdade de Imprensa 2021 enfatiza três imperativos para este ecossistema:

  • medidas para garantir a viabilidade económica dos meios de comunicação social;
  • mecanismos para garantir a transparência das empresas da Internet;
  • melhoria das capacidades de literacia mediática e informacional que permitam aos cidadãos reconhecer e valorizar, assim como defender e exigir, a imprensa como parte fundamental da informação como um bem comum.




sábado, 1 de maio de 2021

Aquilino Ribeiro - autor do mês de maio


Aquilino Ribeiro, considerado por muitos como um dos romancistas portugueses mais fecundos da primeira metade do século XX, uma referência da literatura portuguesa e um símbolo da liberdade, nasceu em Tabosa do Carregal, concelho de Sernancelhe, Viseu, a 13 de setembro de 1885 e morreu em Lisboa, a 27 de maio de 1963. Foi autor de uma das mais importantes obras literárias portuguesas do século XX, abrangendo ficção, crítica, biografia, evocação histórica, ensaio, teatro, etnografia, polémica, tradução e contos para crianças.

Em 1895, após concluir o ensino primário, ingressou no Colégio de Nossa Senhora da Lapa, em Sernancelhe, em 1900 entrou no Colégio de Lamego, sendo depois enviado  para o Seminário de Beja, para cumprir o desejo materno de ser ordenado padre. Aquilino acabaria por ser expulso do Seminário em 1904 e, dois anos mais tarde, partiria rumo a Lisboa.

A adesão à causa republicana reflete-se na escrita de Aquilino Ribeiro (nomeadamente, através da sua colaboração com o jornal republicano A Vanguarda) e no seu envolvimento e participação em atividades conspirativas contra a monarquia liberal desvirtuada por governos autoritários.

O ano de 1907 marcará a vida de Aquilino em duas vertentes: foi neste ano que iniciou a sua obra literária com o folhetim "A Filha do Jardineiro" escrito em parceria com José Ferreira da Silva, uma obra de ficção de propaganda republicana e de crítica às figuras do regime monárquico. É também em 1907 que Aquilino é preso, acusado de anarquista, na sequência do rebentamento de caixotes de explosivos guardados no seu quarto na Rua do Carrião, em Lisboa, na qual morreram dois correligionários ligados à Carbonária. Encarcerado na esquadra do Caminho Novo, Aquilino consegue evadir-se em janeiro de 1908. Após alguns meses de clandestinidade em Lisboa (onde mantém contacto com os que viriam a assassinar o rei D. Carlos e o Príncipe Real), segue para Paris em 1910, inscrevendo-se no curso de Filosofia da Sorbonne, onde contacta com intelectuais portugueses que, também por motivos políticos, se viam forçados a viver fora de Portugal.

Vem a Portugal após o 5 de outubro de 1910 e regressa a Paris, casando-se entretanto com a alemã Grete Tiedemann. Em 1914, nasce o primeiro filho, Aníbal Aquilino Fritz Tiedemann Ribeiro. Nesse mesmo ano publicará novo livro, Jardim das Tormentas.

O início da Primeira Guerra Mundial obriga a família a regressar a Portugal. Aquilino continua a escrever, entre ficção e crónicas para a imprensa periódica (atividade que desenvolverá com enorme regularidade ao longo de toda a sua vida), ao mesmo tempo que dá aulas no Liceu Camões, onde é admitido mesmo sem ter concluído a licenciatura em Paris, aí ficando durante três anos.


(Aquilino Ribeiro em 1918)

Em 1918 publica A Via Sinuosa.

Entre 1919 e 1927, e a convite de Raul Proença, assumirá o cargo de segundo bibliotecário na Biblioteca Nacional.

Publica entretanto (1919) Terras do Demo e a primeira versão do seu conto "Valeroso Milagre" na Revista Atlântida (nº 32).

Em 1921 integra a direção da revista Seara Nova. Em 1922 publica O Malhadinhas integrado no livro Estrada de Santiago, o qual inclui também uma nova versão do "Valeroso Milagre".

Intransigente defensor da justiça e da liberdade, envolve-se em conspirações contra a Ditadura Militar instaurada em Portugal após o golpe de 28 de maio de 1926, participando na revolta de 7 de fevereiro de 1927, em Lisboa. Alvo de perseguições, é forçado a novo exílio em Paris. No fim do ano regressa a Portugal, clandestinamente, após a morte da mulher. Em 1928 entra na revolta do regimento de Pinhel. Encarcerado na prisão de Fontelo (Viseu), evade-se e volta a Paris.

Em 1929 casa com Jerónima Dantas Machado, filha de Bernardino Machado (o presidente da República deposto por Sidónio Pais em 1917 e, em novo mandato, pelo golpe militar de 28 de maio de 1926). Do casal virá a nascer, em 1930, o segundo filho, Aquilino Ribeiro Machado.

Em 1931 vai viver para a Galiza. Em 1932 volta a Portugal clandestinamente. Em 1933 recebe o Prémio Ricardo Malheiros da Academia das Ciências de Lisboa, pelo seu livro As Três Mulheres de Sansão.

Em 1935 é eleito sócio correspondente da Academia das Ciências de Lisboa.

Após o último período de exílio, dedica-se afincadamente à escrita, continuando a participar em ações contra a ditadura salazarista. Aderiu ao MUD (Movimento de Unidade Democrática) e, em 1948, apoiou a campanha presidencial de Norton de Matos. Em 1958, militou na candidatura de Humberto Delgado à presidência da República.

Em 1946 publicara Aldeia, Terra, Gente e Bichos e, em 1951, publica Geografia Sentimental.

Em 1952 faz uma viagem ao Brasil onde é homenageado por escritores e artistas, na Academia Brasileira de Letras. Em 1956 é fundador e presidente da Sociedade Portuguesa de Escritores.

Em 1957 publica A Casa Grande de Romarigães e, em 1958, Quando os Lobos Uivam. Neste mesmo ano é nomeado sócio efetivo da Academia das Ciências de Lisboa.




Em 1960 é proposto para o Prémio Nobel da Literatura por Francisco Vieira de Almeida, proposta subscrita por José Cardoso Pires, David Mourão-Ferreira, Urbano Tavares Rodrigues, José Gomes Ferreira, Maria Judite de Carvalho, Mário Soares, Vitorino Nemésio, Abel Manta, Alves Redol, Luísa Dacosta, Vergílio Ferreira, entre muitos outros.

Em 1962 nasce-lhe a primeira neta, Mariana, a quem dedica O Livro da Marianinha.


Em 1963 é homenageado em várias cidades do país por ocasião dos cinquenta anos de vida literária. Morre em Lisboa no dia 27 de maio do mesmo ano. Nessa mesma hora, a Censura comunicava aos jornais não ser mais permitido falar das homenagens que lhe estavam a ser prestadas. É sepultado no Cemitério dos Prazeres.

Num número considerável de obras, Aquilino reflete, ainda que distorcidas pela imaginação, cenas da sua vida: o convívio com as gentes do campo, a educação ministrada pelos sacerdotes, as conspirações políticas, as fugas rocambolescas, os exílios.

Até 1932, ano em que fixa residência na Cruz Quebrada, todos os ambientes, contextos e personagens que Aquilino cria remetem para a sua Beira natal, os seus costumes, tradições e modos de falar típico, como se observa em O Malhadinhas, Andam Faunos pelos Bosques ou Terras do Demo

Em 1974, o livro de memórias Um Escritor Confessa-se é publicado postumamente.

Em 1982, a 14 de Abril, recebe a título póstumo o grau de Comendador da Ordem da Liberdade.

Em 2007, por decisão unânime, a Assembleia da República decide homenagear a sua memória e conceder aos seus restos mortais honras de Panteão Nacional, ocorrendo a cerimónia de trasladação no dia 19 de setembro, apesar de objeções por parte de alguns grupos de cidadãos, devido ao seu assumido envolvimento no Regicídio de 1908.

Obras literárias

(*) Na Biblioteca do ECB

1907 - A filha do jardineiro (folhetim)

1915 - Jardim das Tormentas (contos). (*)

1918 - A Via Sinuosa (romance).

1919 - Terras do Demo (romance). (*)

1919 - Valeroso milagre (contos)

1920 - Filhas de Babilónia (novelas).

1922 - Estrada de Santiago (novelas); incluía O Malhadinhas.

1922 - Recreação Periódica (tradução de Amusement Périodique, do Cavaleiro de Oliveira).

1924 - Romance da Raposa (literatura infanto-juvenil). (*)

1926 - Andam Faunos pelos Bosques (romance). (*)

1930 - O Homem que Matou o Diabo (romance).

1931 - Batalha sem Fim (romance). (*)

1932 - As Três Mulheres de Sansão (novelas). (*)

1933 - Maria Benigna (romance).

1934 - É a Guerra (diário). (*)

1934 - Sonhos de uma noite de Natal (contos).

1935 - Alemanha Ensanguentada (caderno dum viajante). (*)

1935 - Quando ao Gavião Cai a Pena (contos). (*)

1936 - O Galante Século XVIII (compilação e tradução de textos do Cavaleiro de Oliveira).

1936 - Anastácio da Cunha, o Lente Penitenciado (vida e obra).

1936 - Arca de Noé (contos para as crianças).

1936 - Aventura Maravilhosa de D. Sebastião Rei de Portugal depois da batalha com o Miramolim (romance). (*)

1937 - S. Banaboião Anacoreta e Mártir (romance).

1938 - A Retirada dos Dez Mil (tradução da Anábase, de Xenofonte). (*)

1939 - Mónica (romance). (*)

1939 - Por Obra e Graça (estudos).

1940 - Oeiras (monografia).

1940 - Em Prol de Aristóteles (tradução do texto latino de André de Gouveia).

1940 - O Servo de Deus e a Casa Roubada (novelas).

1942 - Os Avós dos Nossos Avós (história).

1943 - Volfrâmio (romance). (*)

1945 - Lápides Partidas (romance). (*)

1945 - O Livro do Menino Deus (o Natal na história religiosa e na etnografia) (literatura infanto-juvenil)

1946 - Aldeia (terra, gente e bichos). (*)

1947 - O Arcanjo Negro (romance).

1947 - Caminhos Errados (novelas). (*)

1947 - Constantino de Bragança, VII Vizo-Rei da Índia (história).

1948 - Cinco Réis de Gente (romance). (*)

1948 - Uma Luz ao Longe (romance).

1949 - Camões, Camilo, Eça e Alguns Mais (estudos de crítica histórico-literária). (*)

1949 - O Malhadinhas (edição autónoma). (*)

1950 - Luís de Camões, Fabuloso, Verdadeiro (ensaio). (*)

1951 - Geografia Sentimental (história, paisagem, folclore).

1951 - Portugueses das Sete Partidas (viajantes, aventureiros, troca-tintas).

1952 - Leal da Câmara (vida e obra). (*)

1952 - O Príncipe Perfeito (tradução da obra Kirou Paideia, de Xenofonte).

1952 - Príncipes de Portugal. Suas grandezas e misérias (história).

1952 - Fernão Mendes Pinto: aventuras extraordinárias de um português no Oriente (literatura infanto-juvenil) (*)

1953 - Arcas Encoiradas (estudos, opiniões, fantasias). (*)

1954 - O Homem da Nave (serranos, caçadores e fauna vária).

1954 - Humildade Gloriosa (romance).

1955 - Abóboras no Telhado (crónica e polémica). (*)

1957 - A Casa Grande de Romarigães (crónica romanceada). (*)

1957 - O Romance de Camilo (biografia e crítica). (*)

1958 - Quando os Lobos Uivam (romance). (*)

1958 - A mina de diamantes (Nota: Edição conjunta com "O Malhadinhas")

1959 - Dom Frei Bertolameu. As três desgraças teologais (legenda). (*)

1959 - D. Quixote de la Mancha (versão da obra de Cervantes). (*)

1959 - Novelas Exemplares (versão da obra de Cervantes).

1960 - No Cavalo de Pau com Sancho Pança (ensaio). (*)

1960 - De Meca a Freixo de Espada à Cinta (ensaios ocasionais). (*)

1962 - Arcas encoiradas: estudos, opiniões, fantasias (ensaio). (*)

1963 - Tombo no Inferno. O Manto de Nossa Senhora (teatro).

1963 - Casa do Escorpião (novelas).

1967 - O Livro de Marianinha (lengalengas e toadilhas em prosa rimada) (literatura infanto-juvenil).

1974 - Um Escritor Confessa-se (memórias) (edição póstuma). (*)

1988 - Páginas do Exílio. Cartas e crónicas de Paris (recolha de textos e organização de Jorge Reis).