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quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Prémio de Escrita Gonçalves Sapinho



Edição 2017/2018
Criação e Justificação
O Prémio de Escrita Gonçalves Sapinho, instituído pelo Externato Cooperativo da Benedita, e sob a forma de concurso, surge com um triplo objetivo:
1. Homenagear a memória do Dr. José Gonçalves Sapinho por ter amado, lutado e desenvolvido a educação, a comunidade da vila da Benedita e a região de Alcobaça;
2. Desenvolver as boas práticas de escrita, de leitura e de envolvimento da comunidade escolar na promoção da língua portuguesa.
3. Promover o sentido estético e a fruição artística.

Regulamento
1. O Prémio de Escrita Gonçalves Sapinho, na sua quarta edição, 2017/2018, tem género textual obrigatório: carta ou email, em registo de língua padrão e/ou cuidado.
2. Os concorrentes deverão escrever a carta ou email a uma criança (ou a um jovem) do mundo.
3. Poderão concorrer ao Prémio de Escrita Gonçalves Sapinho, na edição 2017/2018, os ex-alunos do Externato Cooperativo da Benedita e todos os alunos e professores da comunidade escolar beneditense, i.e. do Agrupamento de Escolas da Benedita, do Externato Cooperativo da Benedita e da Universidade Sénior da Benedita.
4. Os concorrentes, consoante o ano de escolaridade que frequentam, inserir-se-ão num dos oito escalões, a saber:
Escalão 1 — 1.º Ciclo do Ensino Básico
Escalão 2 — 2.º Ciclo do Ensino Básico
Escalão 3 — 3.º Ciclo do Ensino Básico
Escalão 4 — Ensino Secundário
Escalão 5 — Universidade Sénior
Escalão 6 — Professores
Escalão 7 — Alunos de Educação Especial
Escalão 8 – Ex-alunos do Externato Cooperativo da Benedita
5. Os concorrentes dos diferentes escalões (1 a 8) candidatam-se por iniciativa própria e por pertencerem, no ano letivo 2017-2018, à comunidade escolar beneditense.
6. Os textos dos concorrentes do escalão 7 terão como responsáveis os professores de Educação Especial que os acompanham no ano letivo relativo ao concurso.
7. As obras concorrentes deverão respeitar as normas que a seguir se apresentam:
a)      O texto deve ser processado em Word, tipo de letra Calibri, tamanho 11, margens de 1.5, espaçamento entre linhas 1,5 e esquema de página vertical;
b)      A dimensão do texto não pode exceder as seis páginas com a formatação referida na alínea anterior.

8. Dos trabalhos a concurso deverão constar as seguintes informações: Nome do concorrente, Escola que frequenta e o endereço eletrónico. Os ex-alunos concorrentes deverão indicar o último ano que frequentaram o Externato Cooperativo da Benedita.
9. Os trabalhos a concurso serão enviados para o email premiogoncalvessapinho@gmail.com. A comissão organizadora acusará a receção do texto até 24 horas após o envio.
10. O prazo de entrega dos originais termina no dia 9 de fevereiro de 2018, às 23:59.
11. Os três melhores trabalhos de cada escalão serão publicados na Antologia intitulada L@CRE.
12. O Prémio de Escrita Gonçalves Sapinho será entregue a 22 de março de 2018 às 14.30 (em local a definir). Será divulgado nos órgãos de comunicação social.
13. O júri, nomeado pela comissão organizadora, será constituído por três elementos de reconhecido mérito, no âmbito da escrita e do ensino.
14. As deliberações do júri serão tomadas por maioria. Das suas decisões não haverá recurso.
15. Neste concurso poderá haver textos em ex-aequo e textos com menções honrosas.
16. O júri poderá não atribuir o Prémio a um ou vários escalões se entender que as produções não possuem a qualidade adequada.
17. Os concorrente premiados serão informados através do email premiogoncalvessapinho@gmail.com no dia 17 de março de 2017.
18. Da publicação da Antologia L@CRE, junto ao texto premiado constará o nome do autor, a escola a que pertence, o escalão em que concorreu e o prémio atribuído 1.º, 2.º ou 3.º.
19. Os textos premiados serão ilustrados pelos alunos de Artes Visuais do Externato Cooperativo da Benedita.
20. As ilustrações apresentadas também estarão a concurso, sendo premiadas as três melhores.
21. A antologia estará à venda na Feira do Livro do Externato Cooperativo da Benedita.
22. As obras não premiadas serão arquivadas pela comissão organizadora em arquivo digital.
23. O não cumprimento da Normas de Participação apresentadas conduzirá à exclusão da participação neste concurso.
24. Os casos omissos nestas Normas serão resolvidos pela comissão organizadora.

Paula Cristina Ferreira

A coordenadora do Projeto Prémio de Escrita Gonçalves Sapinho

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Autor do mês de setembro – Mário de Carvalho



O escritor Mário Costa Martins de Carvalho nasceu em Lisboa, no dia 25 de Setembro de 1944, e tem publicada uma vasta obra que integra romances, contos, peças de teatro, ensaios e argumentos para cinema. Licenciou-se em Direito pela Universidade de Lisboa e, paralelamente à escrita, dedicou-se a uma advocacia de causas, nomeadamente sindicais e de inquilinato, manifestando desde sempre um grande envolvimento com uma cidadania ativa e interventiva politicamente. Ainda estudante universitário, participou nas greves estudantis de 1961-1962 e, já nos inícios da década de 70 do século XX, na resistência clandestina antifascista, tendo sido preso nas cadeias políticas de Caxias e Peniche. Em 1973 saiu ilegalmente de Portugal e exilou-se na Suécia, regressando ao país após a Revolução de Abril.

Publicou o seu primeiro livro em 1981, Contos da Sétima Esfera, conquistando de imediato os leitores pelo inesperado da abordagem ficcional e pelas peculiares atmosferas em que decorrem os contos, entre o maravilhoso e o fantástico.


Ainda na década de 80, publicou Os Casos do Beco das Sardinheiras (1981), O Livro Grande de Tebas, Navio e Mariana (1982), A Inaudita Guerra da Avenida Gago Coutinho (1983), Fabulário (1984), A Paixão do Conde de Fróis (1986) e Os Alferes (1989), entre outros.


Em 1991, publica a peça de teatro Água em pena de pato.


Em 1994, surge o seu livro mais reeditado, traduzido e premiado, o romance Um Deus Passeando pela Brisa da Tarde (1994), cuja ação se situa no século II d. C., em Tarcisis, cidade romana da Lusitânia. O magistrado Lúcio Valério Quíncio, recebendo notícias de uma invasão bárbara iminente, proveniente do Norte de África, vê-se obrigado a tomar medidas drásticas, enquanto, no interior das muralhas da cidade, uma nova seita, a Congregação do Peixe, põe em causa os valores da romanidade, evocando os ensinamentos de um obscuro crucificado. No plano íntimo, a paixão devastadora por uma mulher, Iunia, perturba-o e confunde-o, mas sem o afastar do cumprimento do dever. Neste romance em que a ficção se sobrepõe à História, Mário de Carvalho (que garante, numa epígrafe provocatória, não se tratar de um romance histórico) reconstitui as características culturais, políticas e quotidianas do Império Romano, sem nunca esquecer a «intercessão de certo deus que, nos primórdios, ao que parece, passeava num jardim pela brisa da tarde...».


Com este romance, Mário de Carvalho obteve sucessivos prémios, entre os quais o Prémio Pégaso de Literatura, o Prémio Fernando Namora, o Prémio de Romance e Novela da APE e o Prémio Literário Giuseppe Arcebi. Estando traduzido para inglês, francês, alemão, italiano e outras línguas, em capa dura e edições de bolso, é ainda um livro recomendado para o Ensino Secundário como sugestão de leitura.
Antes do final da década de 90, publicou Era Bom que Trocássemos Umas Ideias sobre o Assunto (1995) e Se Perguntarem por Mim, não Estou seguido de Haja Harmonia (1999). Já nos inícios do século XXI, surgem Contos Vagabundos (2000), Fantasia para Dois Coronéis e uma Piscina (2003), A Sala Magenta (2008), A Arte de Morrer Longe (2010), O Homem do Turbante Verde (2011), Quando o Diabo Reza (2011), O Varandim seguido de Ocaso em Carvangel (2012), A Liberdade De Pátio (2013), Quem disser o contrário é porque tem razão (2014), Novelas Extravagantes (2015).


A Ronda das Mil Belas em Frol, publicado em 2016, é o seu mais recente romance.
Com um estilo muito versátil, percorrendo vários registos, desde temas históricos a narrativas da atualidade, numa escrita sempre pontuada por uma sátira viva e certeira, Mário de Carvalho é, sem dúvida, um autor a conhecer e a apreciar!

Obras de Mário de Carvalho na Biblioteca do ECB:

- Contos da Sétima Esfera (1981)
- A Inaudita Guerra da Avenida Gago Coutinho (1983)
- Fabulário (1984)
- A Paixão do Conde de Fróis (1986)
- Os Alferes (1989)
- Água em Pena de Pato (1991)
- Um Deus Passeando pela Brisa da Tarde (1994)
- Era Bom que Trocássemos Umas Ideias Sobre o Assunto (1995)
- Contos Vagabundos (2000)
- A Sala Magenta (2008)
- Quem disser o contrário é porque tem razão (2014)