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quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Halloween ou o Dia das Bruxas



A festa do Halloween celebra-se em vários países no dia 31 de outubro, véspera da festa cristã do Dia de Todos os Santos.
Alguns estudiosos do assunto defendem que a sua origem remonta às tradições celtas do festival Samhain, celebrado na Irlanda, Escócia e Ilha de Man entre 30 de outubro e 2 de novembro, e que marcava o fim do verão (samhain significa "fim do verão"), associado também às festas das colheitas e ao culto dos mortos. Outros afirmam que a festa do Halloween começou independentemente do Samhain e tem raízes cristãs. Pensa-se que o primeiro registo do termo "Halloween" seja de cerca de 1745, uma contração do termo escocês All Hallows' Eve, que significa “véspera [do Dia de] Todos os Santos”, o que dá mais força à teoria da origem cristã da festa.
A romanização e consequente cristianização das Ilhas Britânicas terão contribuído para a fusão das duas tradições, a pagã e a cristã, e já em finais da Idade Média surge o costume dos "disfarces", muito possivelmente nascido na França por altura do flagelo da Peste Negra, que criou entre os católicos um grande temor e preocupação com a morte.
No entanto, se analisarmos o modo como o Halloween é celebrado hoje, veremos que pouco tem a ver com as suas origens: só restou uma alusão aos mortos, mas com um caráter completamente distinto do que tinha ao princípio. Além disso, foi sendo pouco a pouco incorporada toda uma série de elementos estranhos tanto à festa de Finados como à de Todos os Santos, a maior parte com origem nos Estados Unidos da América (onde a tradição da celebração do Halloween terá chegado com os colonos irlandeses), tais como as lanternas feitas de abóbora, o jogo do "doce ou travessura", contar histórias assustadoras, assistir a atrações "assombradas” ou a filmes de terror. Na verdade, tornou-se uma celebração mais comercial e secular, perdendo parte do seu cariz religioso.

A atual festa do Halloween é assim produto da fusão de muitas tradições, levadas pelos colonos britânicos no século XVIII para os Estados Unidos e ali integradas de modo peculiar na sua cultura. Muitas delas já foram esquecidas na Europa, onde hoje, por colonização cultural dos Estados Unidos, aparece o Halloween, enquanto desaparecem algumas tradições locais.


Em Portugal, nos últimos dias do mês de Outubro e até ao dia 1 de Novembro, Dia de Todos-os-Santos, as crianças saem à rua e, sozinhas ou em pequenos grupos, andam de porta em porta de saco na mão para pedir o Pão por Deus.
Antigamente, era no dia do Pão por Deus que se repartia pão cozido pelos pobres. As pessoas iam pedir Pão por Deus às portas para colmatar a pobreza. A tradição deste peditório está associada ao antigo costume que se tinha de oferecer pão, bolos, vinho e outros alimentos aos defuntos. Quem pedia à porta era encarado como a alma do morto a errar pelo mundo e a pedir. O Pão por Deus é assim uma oferta às almas que partiram.

Nos últimos anos, temos assistido a ameaças à continuidade desta tradição, em particular nas vilas e cidades, com a progressiva substituição do Pão por Deus pelo “Halloween”, festa importada da cultura norte-americana, mas com semelhanças à tradição nacional, como por exemplo o peditório de guloseimas que as crianças realizam pelas casas da sua comunidade ou as expressões que utilizam. 

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