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quarta-feira, 4 de março de 2020

EXPOSIÇÃO “Microplásticos, nos nossos rios, mares e oceanos”

Exposição fotográfica, da autoria de Filipa Bessa, investigadora do Centro de Investigação MARE - Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra. Filipa Bessa tem estudado ao longo dos anos a poluição marinha e começou a fotografar os microplásticos que encontrava nos rios, nas praias, em estômagos de peixes ou em mexilhões.

A investigadora e autora da Exposição
Filipa Bessa

Com esta Exposição, constituída por imagens ampliadas de microplásticos recolhidos no ambiente, pretende-se alertar para os seus efeitos nefastos nos ecossistemas aquáticos e despertar consciências para a problemática da poluição por (micro)plásticos nos nossos rios, mares e oceanos.



Segundo Filipa Bessa, o objetivo destas fotografias é “criar confusão” e, da forma como estão compiladas, até ao ser humano confunde. A mesma confusão que os animais marinhos “sentem em ambiente real”, quando “encontram um pedaço de plástico e o confundem com o seu próprio alimento”, acabando por ingeri-lo “de forma aleatória ou por engano”. Por isso mesmo, Filipa Bessa batizou o conjunto de fotografias de Zooplastics: “Todos os microplásticos que, de certa forma, nos fazem lembrar animais.”


Os microplásticos são fragmentos de plástico menores do que 5 milímetros. Os primários são grânulos de resinas para o fabrico de plástico. Os secundários resultam da fragmentação de plásticos de maiores dimensões, por degradação fotoquímica e abrasão. Encontram-se nas praias e no oceano à superfície, em suspensão na coluna de água, ou já depositados nos fundos. São facilmente confundidos pelos animais marinhos com alimento devido ao seu aspeto e tamanho e, por isso, são também vetores potenciais na exposição dos organismos marinhos a poluentes persistentes orgânicos de elevada toxicidade, constituindo uma ameaça para os organismos marinhos, não só pela possível obstrução mecânica do aparelho digestivo, mas também pelos efeitos tóxicos dos poluentes persistentes orgânicos.


A poluição por plásticos é atualmente um dos principais desafios ambientais com que as sociedades se deparam. Por ano, estima-se que oito milhões de toneladas de plástico terminam no Oceano e recentes projeções do Fórum Económico Mundial referem que, em 2050, poderá haver mais plásticos do que peixes nos Oceanos.



LIXO MARINHO
Considera-se lixo marinho qualquer material duradouro, fabricado ou processado que é descartado, eliminado ou abandonado na costa ou no mar. É formado por diferentes resíduos, a maioria materiais que se degradam lentamente. Mais de 80% do lixo marinho na UE é constituído por plástico, sobretudo plásticos descartáveis e artes de pesca. Tem diferentes impactos negativos quer ao nível económico (custos com limpeza das praias), quer ambiental, nomeadamente através do aprisionamento e da ingestão.

Para mais informação sobre este assunto, consultar:





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