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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Exposição As Cidades Invisíveis







«As Cidades Invisíveis apresenta-se como uma série de relatos de viagem que Marco Polo faz a Kublai Kan, imperador dos tártaros. [...] A este imperador melancólico, que percebeu que o seu poder ilimitado conta pouco num mundo que caminha em direção à ruína, um viajante visionário fala de cidades impossíveis, por exemplo, uma cidade microscópica que se expande, se expande até que termina formada por muitas cidades concêntricas em expansão, uma cidade teia de aranha suspensa sobre um abismo, ou uma cidade bidimensional como Moriana. [...] Creio que o livro não evoca apenas uma ideia atemporal de cidade, mas que desenvolve, ora implícita ora explicitamente, uma discussão sobre a cidade moderna. [...] Penso ter escrito algo como um último poema de amor às cidades, quando é cada vez mais difícil vivê-las como cidades.»
Italo Calvino
Em As Cidades Invisíveis, o escritor italiano Italo Calvino imagina um diálogo fantástico entre Marco Polo, o maior viajante de todos os tempos, e Kublai Khan, o imperador dos Tártaros, em cuja corte o mercador veneziano terá desempenhado funções diplomáticas. Porque Kublai Khan não pode ver com os seus próprios olhos toda a extensão do seu império, Marco Polo será a sua visão, descrevendo-lhe minuciosamente 55 cidades (imaginárias) por onde teria passado, agrupadas em temas como “as cidades e a memória”, “as cidades e o céu”, “as cidades e os mortos”, “as cidades e o desejo” e todas com nome de mulher (Procópia, Ersília, Olinda, Sofrónia, Tecla, Trude, …).
A partir da leitura de excertos desta obra de Calvino, os alunos do 11º ano do curso de Artes Visuais imaginaram algumas dessas cidades, criando uma técnica mista de representação através da manipulação de mais do que um material.

O resultado do seu trabalho pode ser visto na Exposição que se encontra patente no átrio da Biblioteca.

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