O
Dia Internacional da Língua Materna é comemorado em 21 de fevereiro e foi
proclamado pela UNESCO em 17 de novembro de 1999 e reconhecido formalmente pela
Assembleia Geral das Nações Unidas.
Na
origem desta comemoração está o dia 21 de fevereiro de 1952 que assinala o
início da luta do povo do Paquistão Oriental (atualmente o Bangladesh) pelo
reconhecimento do bengali ou bangla como língua oficial no território
(falada por 98% da população) e não o urdu
(língua do Paquistão Ocidental), que em 1948 o governo paquistanês havia
declarado como a única língua oficial do país.
Embora
apenas em 1971 o Paquistão Oriental tenha conquistado a independência, adotando
o nome de Bangladesh, e visto o bengali reconhecido como língua oficial, desde
1952 que neste território se comemora o dia 21 de fevereiro como o Dia do
Movimento da Língua.
Em 1999, a UNESCO
decretou esta data como o Dia Internacional da Língua Materna com o objetivo de
promover o multilinguismo e a diversidade linguística e cultural, e também de proteger
e salvaguardar todas as línguas faladas no Mundo, honrando tradições culturais
e respeitando a diversidade linguística.
Em 2017, o tema do Dia Internacional
da Língua Materna é
"Rumo a futuros sustentáveis
através da educação multilíngue".
“On the occasion of this Day,
I launch an appeal for the potential of multilingual education to be
acknowledged everywhere, in education and administrative systems, in cultural
expressions and the media, cyberspace and trade.”
Irina Bokova, Diretora-Geral da UNESCO
A
UNESCO estima que, das mais de 7000 línguas faladas em todo o globo, metade
corre o risco de vir a desaparecer. Irina Bokova, Diretora Geral desta
organização, reconhece que “a perda de línguas empobrece a Humanidade”.
Ainda de acordo com a
UNESCO, o acesso a uma educação multilíngue, que inclua a aprendizagem da
língua materna e também de outras línguas, contribui para a aquisição das
competências da leitura, escrita e cálculo. As línguas locais, mesmo quando
minoritárias, transmitem valores culturais e conhecimentos, quer modernos, quer
tradicionais, estimulam a criatividade e contribuem para uma participação
cívica responsável, tornando-se por isso indispensáveis para o desenvolvimento
de um futuro sustentável e para a promoção da igualdade e equidade,
nomeadamente no que às mulheres diz respeito.
Sem comentários:
Enviar um comentário