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quinta-feira, 3 de maio de 2018

Palestra "Química com livros"


No dia 18 de abril, o Professor Doutor Sérgio Rodrigues conversou com os alunos de Ciências e Tecnologias sobre os contributos da Química ao longo da História, chamando a atenção para a interpretação científica de pequenas passagens em livros.
A Química tem contribuído para a resolução de muitos problemas, desde a alimentação da população, com a descoberta dos adubos e dos agro-químicos e o consequente aumento da produção agrícola, passando pela pesquisa de energias alternativas, até à utilização de novos materiais para vestir, calçar e proteger, muitos deles com base no processo de reciclagem. Lembrar também a evolução da vacinação, da medicação e da higienização, enfim a luta pela sobrevivência e o aumento da esperança média de vida. E porque não observá-la atentamente, na pintura, na arquitetura, na escrita e na sinalética vertical de trânsito?
No entanto, hoje sabemos que as medidas de crescimento nem sempre foram as mais acertadas e que por vezes o conhecimento científico foi e é usado, por exemplo, como alavanca da construção das armas químicas. De acordo com o Professor Doutor Sérgio Rodrigues, se todas as ciências têm os seus pontos positivos e negativos, devemos tentar minimizar os menos bons.


Este Professor do Departamento de Química da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra deixou-nos ainda uma lista de sugestões de leitura acompanhada de temáticas relacionadas com esta ciência. Porque, como refere, “a Química está em todo o lado!”
  • Moby Dick, de Herman Melville, e Mau tempo no canal, de Vitorino Nemésio: a química e a caça à baleia e a evolução técnica.
  • Arrowsmith de Sinclair Lewis; Deuses e demónios da medicina e Domingo à tarde, de Fernando Namora; O crime do padre Amaro e Os Maias, de Eça de Queiroz; O terceiro homem, de Graham Greene: a evolução técnica e química da medicina.
  • Amadeo, de Mário Cláudio, e O perfumista, de Joaquim Mestre: medicamento atual para a gripe e memória da gripe pneumónica.
  • O crime do padre Amaro, de Eça de Queirós; O som e a fúria, de William Faulkner; e a Balada da praia dos cães, de José Cardoso Pires: aspetos indiretos da evolução química e social da contraceção.
  • Escritores como Mário de Sá Carneiro, Ângelo de Lima, Sylvia Plath, Florbela Espanca ou David Foster Wallace para o estudo da memória e reflexos de comportamentos depressivos ou psicopatológicos e tratamento de doenças mentais e doenças degenerativas.
  • Cinzas do Passado, de Martin Suter, uma história que envolve a doença de Alzheimer.
  • A primavera silenciosa, de Rachel Carson, e o nascimento do movimento ecologista.
  • O admirável mundo novo, de Aldous Huxley, e a crítica do progresso técnico distópico.
  • Lírica de Camões (“Amor é fogo que arde sem se ver…”) e Amor de Perdição, de Camilo Castelo Branco: sobre a química do amor.


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